Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Luísa Negrão de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17801
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Resumo: |
O presente trabalho dedica-se ao estudo dos elementos da paisagem horizonte, vento e água e suas relações com os temas travessia e movimento em alguns contos de Marina Colasanti. Para tanto, são levados em consideração não somente os aspectos físicos e a percepção da paisagem, mas seus elementos enquanto geradores de interação entre sujeito e o espaço no qual ele está posto e com o qual ele se relaciona. O corpus selecionado são contos maravilhosos de Marina Colasanti, reunidos na obra Mais de 100 histórias maravilhosas (2015), que foram agrupados de acordo com a reincidência dos elementos levados em conta: o horizonte, o vento e a água. Assim, é fundamental a ideia de Michel Collot (2013) de que os componentes da paisagem na literatura constroem uma imagem do mundo e do eu, isto é, constroem a paisagem de um autor. Portanto, importa mostrar que a constituição da paisagem em um conjunto de contos maravilhosos de Marina Colasanti, desenhada de diferentes maneiras em cada um deles, é dinamizada por elementos recorrentes da materialidade da paisagem representada, os quais, por sua vez, fundamentam uma imagem e um sentido mais profundos da paisagem na escrita da autora, alicerçados na ideia de travessia e movimento. Defende-se, pois, que a travessia e o movimento – que são elementos da constituição semântica e formal do texto – se ligariam a valores subjetivos, éticos e estéticos da autora. Os contos que constituem o objeto de estudo deste trabalho são: “A moça tecelã”, “A mulher ramada”, “Sem asas, porém”, “Doze reis e a moça no labirinto do vento”, “O último rei”, “Tomando-o do mar” e “Um cantar de mar e vento”, fortemente marcados pela subjetividade e relação visceral das personagens com a paisagem. Por fim, importa justificar que os elementos horizonte, vento e água parecem ser indicadores de um movimento de travessia das personagens não apenas de um espaço para outro, mas de visões de mundo, de experiências, de confissões, ou seja, são percursos marcados pela travessia de espaços concretos e também simbólicos, isto é, de espaços, como bem afirma Jean-Marc Besse (2014), marcados pela experiência sensível. |