Avaliação quantitativa e qualitativa dos distúrbios olfatórios em pacientes com câncer de cabeça e pescoço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, José Lucas Barbosa da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9606
Resumo: Resumo: INTRODUÇÃO: O olfato é um importante sentido para a nutrição e uma boa qualidade de vida Alguns tipos de câncer podem causar distúrbios olfatórios como parte da síndrome paraneoplásica Não existem dados consistentes sobre transtornos do olfato em pacientes com malignidades de cabeça e pescoço não submetidos a nenhuma modalidade terapêutica Além disso, existem poucos estudos sobre o impacto da radioterapia e da quimioterapia na função olfatória de pacientes com câncer de cabeça e pescoço OBJETIVOS: O objetivo desse estudo consistiu em avaliar se pacientes com câncer de cabeça e pescoço, sem nenhum tratamento prévio, apresentam transtornos de olfato Procurou-se também calcular o impacto da radioterapia e da quimioterapia na função olfatória de pacientes com malignidades em cabeça e pescoço e a frequência de episódios de fantosmia e parosmia nesses indivíduos MÉTODOS: Incluíram-se pacientes com câncer de cabeça e pescoço provenientes do Hospital do Câncer de Londrina Os participantes foram divididos em dois grupos: radioterapia isolada e quimioterapia concomitante As avaliações foram realizadas antes do início da radioterapia e 1,3 e 6 meses após o seu término A função olfatória foi analisada por meio de uma escala visual analógica e do Teste de Identificação do Olfato da Universidade da Pensilvânia Um subgrupo de pacientes virgens de tratamento teve o olfato comparado com controles pareados RESULTADOS: A função olfatória de indivíduos com câncer de cabeça e pescoço foi significativamente inferior em comparação aos controles normais [UPSIT grupo câncer = 22,9 (IC 95% 2,5 – 25,4) versus UPSIT controles = 29,1 (IC 95% 26,9 – 31,3)] Mais de 9% dos pacientes com malignidades de cabeça e pescoço apresentaram distúrbio olfatório antes do tratamento A radioterapia associada a quimioterapia causou prejuízo no olfato no primeiro mês após a irradiação, sem recuperação completa até 6 meses após o término do tratamento (p < ,1) A média do teste olfatório não diferiu significativamente entre os pacientes tratados com radioterapia isolada (p = ,19) Distúrbios qualitativos do olfato ocorreram em 32,6% dos pacientes A presença dessas alterações não se correlacionou com pior desfecho olfatório CONCLUSÃO: Alterações do olfato podem ser detectadas em mais de 9% dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço quando avaliados por meio de um teste olfatório validado A radioterapia associada a quimioterapia causa prejuízo olfatório nos pacientes com malignidades de cabeça e pescoço entre 1 a 6 meses após o tratamento Aproximadamente um terço dos pacientes reportam episódios de fantosmia ou parosmia após a irradiação