Bolsonarismo digital : do negacionismo ao golpismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Felipe Santino de Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17436
Resumo: Com o passar de quase três anos ocupando a cadeira presidencial, o governo Bolsonaro teve sua maior crise, com 53% de reprovação popular, segundo pesquisa Datafolha. Soma-se a isso a grave crise sanitária e o escrutínio às ações governamentais no combate à pandemia por parte de uma CPI instaurada no Senado Federal. Nesse momento de grave crise política, a presente pesquisa busca responder como se comportaram os apoiadores de Bolsonaro durante o período de duração da CPI da Pandemia, do final do mês de Abril até o final de Outubro, além de analisar as ações do próprio presidente, dentro do ambiente digital do Twitter. Para isso, coletamos dados das postagens dos perfis de 9 apoiadores, além do perfil do próprio presidente, e utilizaremos a Análise Sociológica do Discurso (ASD) para verificar como o discurso destes agentes políticos reflete na realidade social. O guia teórico deste trabalho se dá em três partes: capitalismo de vigilância e em como a arquitetura das redes sociais digitais permitem o surgimento de discursos radicais; a segunda parte aborda a retórica do ódio, técnica discursiva que busca, entre outras coisas, anular e eliminar o outro; e por fim abordaremos a perda de legitimidade do sistema político representativo, apresentando também um breve histórico das condições políticas e sociais que permitiram a Bolsonaro chegar à presidência. Ao final deste trabalho, verificou-se que a aprovação de Bolsonaro é unanime entre os perfis selecionados, mesmo quando o governo age na direção contrária às pautas de campanha; que os perfis selecionados atuam de maneira majoritariamente independente, mas com discursos e pautas semelhantes; e que o futuro da extrema-direita brasileira é incerto após a derrota de Bolsonaro, não podendo-se descartar Bolsonaro ou atestar sua liderança na política nacional.