Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Emily |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9147
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Resumo: |
Resumo: Busca-se demonstrar, a partir da obra de Michel Foucault, como ocorre a seletividade criminal de parcela da população Sabe-se que o sujeito, para Michel Foucault, é fruto de uma construção social, assim não haveria uma teoria a priori do sujeito, mas um sujeito construído pelos jogos de verdade que o envolvem A partir dessa perspectiva, o objetivo da Dissertação é analisar o sujeito construído como criminoso por meio das práticas sociais, com amparo teórico em Michel Foucault e em filósofos que prosseguiram seus estudos A pesquisa visa à compreensão da construção do sujeito criminoso como forma de pôr em evidência que as escolhas de política criminal influenciam toda a sociedade Consequentemente, mostra-se como o liberalismo e seu atual modelo - o neoliberalismo - possuem uma maneira própria de governar e selecionar o sujeito Utilizou-se, por meio de pesquisa bibliográfica, o método dedutivo, a partir do qual foi possível concluir que nas análises de Michel Foucault não existe uma verdade inata, assim como não existe um criminoso nato, o que existem são práticas sociais que constroem esse sujeito e o definem como criminoso Foi com amparo nas obras dos filósofos Giorgio Agamben e Judith Butler que foi possível utilizar as obras de Foucault e sua concepção de ilegalismos como ponto de partida e instrumento para compreensão do fenômeno da seletividade criminal em chave biopolítica Por essa análise, mostra-se a configuração atual de uma seleção não apenas de indivíduos, como na era da disciplina, mas de toda uma população, que, por suas fraquezas, é alvo e instrumento dessa seletividade Dessa forma, conclui-se que negros, pobres, homossexuais, mulheres, imigrantes, refugiados e proletários são grupos específicos utilizados por um conjunto de práticas que constituem a seletividade criminal, a qual, depois, ou mesmo antes, de os encarcerar, persegue-os como perigosos |