Análise curricular de cursos de pós-graduação brasileiros em análise do comportamento aplicada ao autismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cristante, Giovana Regina da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18332
Resumo: Nas últimas décadas, houve um aumento exponencial no número de diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista (TEA), tornando este um transtorno altamente prevalente. Apesar desse crescimento significativo, nem toda a população autista tem acesso ao tratamento adequado. Estudos indicam que uma intervenção baseada em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) abrangente, intensiva e precoce resulta em melhorias significativas no desenvolvimento de autistas. Um critério preditor de uma intervenção efetiva é a qualidade da formação dos profissionais que atuam nas intervenções em ABA para TEA. Existem órgãos de certificação internacionais que credenciam esses profissionais, visando garantir o cumprimento de pré-requisitos para o exercício da função, como formação teórica, filiação em conselhos profissionais e prática supervisionada. As certificações têm sido um mecanismo eficaz para assegurar a qualidade no padrão de atuação. Em 2023, foi lançada uma proposta de certificação profissional brasileira, chamada CABA-BR, nos mesmos moldes dos órgãos internacionais. Com o aumento no número de diagnósticos, há também a necessidade de aumentar a oferta de cursos de pós-graduação que formam esses profissionais para atuar na área. No Brasil, os cursos de pós-graduação lato sensu em ABA têm se multiplicado nos últimos anos, sendo responsáveis, em grande parte, pela formação e especialização dos profissionais que trabalham na área que está em expansão. Como são esses cursos, seus currículos e índices de adequação e qualidade, bem como os impactos de tais aspectos tanto na formação do profissional analista do comportamento quanto na qualidade do atendimento realizado por ele junto a autistas ainda são perguntas que carecem de respostas. Com isso em vista, este trabalho teve por objetivo analisar as grades curriculares dos cursos de pós-graduação lato sensu em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo reconhecidos pelo MEC - Ministério da Educação, tendo como critério as recomendações de formação expressas no manual de certificação de prestadores de serviços de intervenções baseadas em ABA para TEA/Desenvolvimento Atípico (CABA-BR), do grupo IBES. Foram analisadas as grades curriculares de 15 cursos, e os resultados confirmam o aumento exponencial na abertura de cursos, além de apontarem para uma heterogeneidade nos conteúdos programáticos, sugerindo uma falta de padronização na formação profissional neste nível de ensino. Discute-se as implicações possíveis destes dados no serviço prestado pelo profissional formado e sugere-se caminhos futuros para ampliação dessa linha de avaliação. A presente pesquisa representa uma análise preliminar que poderá contribuir com a produção de conhecimento e favorecer o desenvolvimento da profissão e do ensino de análise do comportamento aplicada ao TEA no Brasil, com a garantia da oferta de um serviço de qualidade aos autistas e suas famílias.