Rastros de oralidade em Taunay e Serejo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pacheco, Mara Regina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14714
Resumo: Resumo: A pesquisa tem como objetivo mapear os rastros de oralidade pertencentes a uma “comarca oral” nas narrativas de Visconde de Taunay (1843-1899) e Hélio Serejo (1912-27) A comarca oral é pautada nos estudos de Carlos Pacheco (1992), no qual se constatam marcas de uma cultura oral na ficção latino-americana A ideia pachequeana é de que a ficção produzida na América Latina é firmada na oralidade e justificada historicamente pela cultura oral que a constitui A comarca oral se constitui pelas etiquetas, normas e condutas sociais transmitidas oralmente, definindo o papel do indivíduo em relação ao grupo social a que pertence O modo de contar dos narradores em Taunay e Serejo apontam os contextos do lugar de fala de cada um, bem como a ficcionalização da oralidade de um lócus específico: a região de fronteira do Brasil com o Paraguai Com o narrador taunayniano verificou-se uma profusão de discursos que apontam a movência do autor em trânsito, ora dentro, ora fora da comarca, fazendo alternância de pronomes, num jogo de alteridade que faz sobressair o olhar pelo diferente, pelo novo, via estranhamento Já no caso do narrador serejiano, há um diferencial: certo peso de carga afetiva devido ao forte traço da memória de pertencimento, já que o narrador extrai da sua vivência as vozes outrora auscultadas, conduzindo o registro escrito (ZUMTHOR, 1993)