Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Luiz, Leonardo Henrique |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/12810
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Resumo: |
Resumo: O xintoísmo de Estado foi um elemento central da organização social japonesa a partir da Restauração Meiji até o final da Segunda Guerra Mundial Essa religião exerceu papel decisivo na vida dos japoneses, inclusive entre aqueles que, em 198, participaram do processo migratório para o Brasil A ampla atuação do Estado xintoísta forneceu as bases para a formação de um habitus que perpassou as práticas japonesas por um longo período Tal repertório assumiu características nacionalistas, sendo chamado de Yamato damashii (espírito de Yamato), um fundamento de identificação para os japoneses Tendo em vista esse processo de formação nacionalista, buscamos discutir de que forma o xintoísmo de Estado atuou nas escolas japonesas, sugerindo a hipótese de que o mesmo conjunto de ideias que legitimou o processo imperialista esteve presente, na forma de habitus, entre os imigrantes no Brasil Propomos como recorte de análise as práticas nacionalistas que foram reproduzidas no Brasil, tendo como fonte o Edito Imperial de Educação (Kyôiku Chokugo), que foi lido nas escolas japonesas pelo menos até a década de 198, enquanto no próprio Japão o edito foi abolido após a Segunda Guerra Mundial Da perspectiva teórica, abordamos o fenômeno com base no conceito de habitus proposto por Pierre Bourdieu, em que é possível entender a interiorização das práticas com base na construção nacionalista que foi propagada em diversos setores da sociedade japonesa Entretanto, também buscamos flexibilizar esse repertório teórico tendo em vista os conceitos de apropriação, prática e representação do historiador Roger Chartier Metodologicamente, intentamos perceber pela análise do discurso como o Kyôiku Chokugo foi um objeto que materializou o nacionalismo nas escolas e legitimou um discurso oficial da nação Como resultado, sugerimos que a maneira com que o nacionalismo foi construído no Japão a partir do século XX definiu as bases de atuação para o processo imperialista e imigratório, e que no Brasil o repertório nacionalista foi ressignificado e passou a definir a própria identidade dos descendentes de japoneses |