Performances de identidades de gênero em livros didáticos de língua portuguesa no ensino médio - PNLD/2018-2020

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Alixandrino, José Ariosvaldo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1491
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar as performances identitárias de gênero no livro didático de Língua Portuguesa do ensino médio e os discursos que legitimam e reforçam a cis-heterormatividade. Alinho-me, principalmente, à estudiosa e filósofa Judith Butler (2013) e aos estudiosos da Análise de Discurso Crítica, especialmente Norman Fairclough (2016). É uma pesquisa documental de caráter qualitativa, se dá a partir das representações de gênero na coleção Português Contemporâneo: Diálogo, Reflexão e Uso. Utilizo a teoria queer e a análise de discurso crítica para desvelar os discursos de poder e hegemonia ainda presentes no livro didático. Desse modo, a pesquisa é uma análise de textos verbais e não verbais na coleção mencionada. Seleciono textos, atividades e imagens para mostrar os discursos de gênero, naturalizados e institucionalizados através da linguagem nas práticas sociais. Observo que as performances identitárias em desacordo com a matriz de inteligibilidade de gênero são silenciadas e invisibilizadas. Nos livros didáticos predominam uns discursos em relação a outros. Pauto-me na Análise de Discurso Crítica, a fim de questionar essas relações de poder e hegemonia que naturalizam e reiteram os discursos em todas as práticas sociais. Como analista crítico, estou de acordo com esses teóricos da ADC, ao observar e desvelar essas relações e propor mudanças através da linguagem, visto que existem vários padrões sociais. Assim, os discursos hegemônicos podem ser combatidos, podemos agir, refletir e problematizar as relações de poder, injustiças sociais podem diminuir. A mudança social necessita acontecer, visto que .após seguir as ideias de Butler (2013) e Fairclough (2016), os quais, expõem sobre poder, hegemonia e dominação, e, como essas questões são reproduzidas e resistidas discursivamente por meio das representações de gênero, então, observo que a cis- heteronormatividade compulsória hegemônica continua sendo o grupo social representado, apagando e silenciando outros grupos que são seguem essa ordem social.