Construção “mas” : motivações conceptuais e produtividade de uso
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade Brasil UEG Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/788 |
Resumo: | Esta pesquisa tem como objetivo descrever e analisar a construção mas em uma perspectiva construcional em usos sincrônicos do Português Brasileiro (PB), com enfoque na variante falada em Goiás. Prototipicamente essa construção atende ao subesquema da contrajunção, Or. 1 mas Or. 2, por fazer a conexão entre sentenças independentes sintaticamente e semanticamente dependentes numa relação de contrajunção/oposição. O corpus analisado é constituído de dados do Projeto Fala Goiana (FG). Inicialmente realizamos a seleção e quantificação de mas em usos prototípicos como conjunção adversativa e em usos discursivos. Dentre estes, com foco de análise em usos de efeitos de sentido intensificador e suavizador. A partir deste recorte aventou-se a hipótese de que o mas é uma microconstrução reguladora de carga significativa textual atuando tanto no nível interoracional promovendo relações de coordenação, quanto no nível discursivo auxiliando na produção dos efeitos de sentido. Objetiva-se, de maneira geral, analisar o processo de construcionalização da construção mas no contexto discursivo em razão de afastar dos limites da cláusula e assumir a articulação de segmentos discursivos maiores. Essa pesquisa tem como pressuposto as teorias da Linguística Centrada no Uso (ou Usage-based linguistics), com enfoque na Gramática de Construções (GC). Na análise construcional nos baseamos em Bybee (2003, 2010, 2016), Goldberg (1995, 2006), Traugott e Trousdale (2013), além de Croft (2001), Croft e Cruse (2004), Langacker (1987), Fauconnier (1994, 1997), Hopper e Traugott (2003), Neves (1984, 1997, 2010, 2011, 2018 a,b,c), e outros. Os usos discursivos encontrados mostraram que a microconstrução passa por um processo de mudança construcional em decorrência de seu afastamento em graus da categoria prototípica. |