Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Gláucia dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/35622
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Resumo: |
Baseando-se nos princípios da Linguística Funcional Centrada no Uso (doravante LFCU), dentre eles, o de que a língua é modelada nos usos, a partir das necessidades discursivas dos falantes (BYBEE E HOPPER, 2003), esta pesquisa de mestrado objetiva descrever os usos oracionais de longe de no português do Brasil, em perspectiva sincrônica, com um foco maior na microconstrução conectora [longe de], que tem como função ligar orações não finitas. Este trabalho justifica-se, em um sentido mais amplo, pela necessidade de promover os estudos que visem a analisar e descrever a língua em uso, em especial, aqueles que procuram ampliar e investigar as microconstruções conectoras da rede [X de]conect.. Verifica-se uma real escassez de trabalhos de investigação empírica dos conectores instanciados pela partícula de, como longe de, por exemplo. Um dos pressupostos da LFCU é de que a língua é um conjunto de pareamentos de “forma- significado” em variados níveis de complexidade e abstração denominados construções (GOLDBERG, 2016), e que esse pareamento /correspondência de forma significado é organizado em rede. Consoante esse entendimento, propomo-nos a (i) fazer um levantamento da frequência de longe de, focando o seu uso como conector de orações; (ii) investigar os padrões construcionais de uso do longe de em contextos oracionais, a fim de caracterizar suas propriedades formais e funcionais; (iii) analisar os aspectos semânticos e sintáticos de dois diferentes padrões de uso de longe de. A metodologia aplicada nesta pesquisa é quantitativa e qualitativa, com um foco maior na análise qualitativa, dada a necessidade de descrição e interpretação dos dados empíricos da língua escrita, coletados para esta pesquisa. As amostras foram extraídas do Corpus do Português (disponível em: http://www.corpusdoportugues.org/xp.asp). As análises realizadas levaram-nos a confirmar a hipótese de que há dois padrões específicos de uso oracional de longe de: padrão 1 (valor predicativo) e padrão 2 (valor conectivo). No padrão 1, o qual chamamos de [longe + de], longe de integra um sintagma cuja função é análoga à de um predicativo. No padrão 2, a microconstrução [longe de] tem a função de conectar/ligar orações por meio da noção de exclusão. |