Escrita acadêmica insurgente : uma análise do gênero "carta-artigo"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Gilmara Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/826
Resumo: Esta pesquisa busca investigar o modo como o gênero artigo científico tem se deslocado do padrão hegemônico de escrita acadêmica. Inserida no projeto “Decolonialidade e insurgências nas práticas discursivas acadêmicas: novos modos de produção, registro e mediação da escrita acadêmica”, essa pesquisa tem como objetivo geral analisar e compreender a organização retórico-estilística do texto Uma missiva a seu Ditinho, craque do São Geraldo, uma carta-artigo publicada na revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/ as Negros/ as (ABPN). Além disso, busca discutir os movimentos de insurgências na escrita acadêmica presentes na carta-artigo. Para tanto, são usados como pressupostos teóricos-metodológicos a Análise Crítica de Gêneros (ACG) e a Análise Sociorretórica de Gêneros (ASG) como instrumento analítico das unidades retóricas (composicionais e estilísticas) do gênero artigo científico. Além da identificação das unidades retóricas da carta-artigo, é feito também o reconhecimento da comunidade discursiva e dos propósitos comunicativos (SWALES, 1990) que permeiam esse texto. O estudo mostra que a carta-artigo reflete as inquietações (pautas políticas) que regem a comunidade na qual ele foi produzido, publicado e divulgado. Isso mostra papel político que a ABPN e de outras comunidades alternativas desempenham ao atentar para o sofrimento dos sujeitos subalternizados, que tentam entrar e sobreviver numa comunidade acadêmica eurocêntrica, principalmente no que tange à escrita acadêmica.