A resistência das mulheres na luta e pela permanência na terra : uma análise no assentamento Maria da Conceição (Orizona/GO)
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Ambiente e Sociedade Brasil UEG Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ambiente e Sociedade |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/515 |
Resumo: | O presente estudo buscou compreender o campo como território de lutas pela terra e, com efeito,os processos formativos das mulheres envolvidas no seu desenvolvimento e decorrentes das suas participações na conquista e manutenção da terra. O objetivo central da pesquisa é identificar e analisar espaços formativos para a mulher do campo no Assentamento Maria da Conceição em Orizona-Go, que tenham como pauta de discussões as questões de gênero e os direitos da mulher voltados para o seu processo de autonomia econômica e social e emancipação,de maneira a (re)significar suas inserções nas relações de trabalho existentes no campo. A educação das mulheres que vivem no Assentamento Maria da Conceição foi investigada para além de aspectos vinculados à educação escolarizada. O processo educativo dessas mulheres é inerente às suas transformações enquanto protagonistas de sua própria realidade, na luta e contestação das práticas de dominação socioeconômica se cultural do sistema capitalista. A investigação foi desenvolvida considerando as bases epistemológicas do materialismo histórico-dialético, o que implica assumir a realidade como concreta, síntese de múltiplas determinações, portanto, a unidade da diversidade.A metodologia consistiu em revisão bibliográfica, observações, entrevistas com as mulheres e fotografias das mesmas em suas parcelas no Assentamento Maria da Conceição.Os resultados obtidos a partir da pesquisa empírica revelaram uma intensa participação das mulheres desde o processo de ocupação da terra até a luta pela sua permanência. No entanto, as discussões não pautaram as questões de gênero, nem dos direitos das mulheres. A luta é da família pela sobrevivência básica. Embora as mulheres tenham adquirido autonomia e liderança nos enfrentamentos, os seus discursos revelam ainda uma divisão sexual do trabalho e a manutenção da estrutura de gênero historicamente dominante. |