Conflitos e temores das mães de adolescentes egressos de medida socioeducativa de internação em Goiânia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Costa, Melissa de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/829
Resumo: A presente dissertação analisa casos de mães cujos filhos estiveram sob medida socioeducativa de internação em Goiânia, objetivando compreender como essas mães expressam temores, conflitos e visões sobre seus filhos, sobre a criação que deram a eles e sobre a medida de internação a partir das categorias família/infância/maternidade/adolescência e violência. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 6 mães, analisadas sob o enfoque histórico e social. Percebeu-se que as mães pesquisadas se inserem em famílias de classes populares, que seus lares, em sua maioria, são chefiados por elas. Antes da internação dos filhos, as mães se apresentavam ausentes e delegavam o papel de cuidadora a terceiros, pois tinham que trabalhar para suprir necessidades financeiras da família. Durante a internação, no entanto, essas mães fazem-se presentes e relatam sentimentos de culpa, de sofrimento, de sensação de injustiça e também de tentativa de proteção, mas não são inseridas no processo de ressocialização do filho a não ser nos dias de visitas. Trazem consigo tanto a concepção de que a medida socieducativa de internação foi injusta quanto protetiva. O trabalho conclui que os temores e as visões das mães dos adolescentes expressam contradições presentes nas políticas públicas sociais e que são próprias da sociedade capitalista que prega valores inversos e contraditórios.