Gaiolas abertas: o feminino na contística de Augusta Faro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ganzaroli, Hevellyn Cristine Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado Territórios Expressões Culturais do Cerrado
Brasil
UEG
Programa de Pós-Graduação em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (PPG-TECCER)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/694
Resumo: Este trabalho tem por finalidade discutir os modos pelos quais o feminino é representado no âmbito da literatura goiana, tendo por base a obra de Augusta Faro. Para tanto, fizemos um recorte em dois livros de contos da autora, quais sejam A friagem (2001) e Boca Benta de Paixão (2007). Estruturada em três capítulos, esta pesquisa buscou, por meio de um percurso diacrônico, mapear o que denominamos de marcas femininas na literatura brasileira e goiana, de modo a apontar, na historiografia literária brasileira (BOSI, 2015; CANDIDO, 2000), momentos em que obras de autoria feminina surgiram e foram ocupando espaços de fala e de representação artística (ALMEIDA, 1996; AIRES, 1996). Realizamos também uma síntese da fortuna crítica de Augusta Faro, com o objetivo de demonstrar que o retrato do feminino, no conjunto de sua obra, ainda não foi suficientemente explorado, tanto por parte da academia quanto pela crítica especializada. Recuperamos também o conceito de conto (PROPP, 2001) para, a partir desse resgate, procedermos à análise de quatro contos pinçados das duas obras supracitadas da criadora de Lua pelo corpo, as quais compõem o corpus deste trabalho. Buscamos evidenciar, por meio deste estudo, que o feminino é retratado, na obra de Augusta Faro, mediante recursos e imagens que dispõem a mulher em trânsito, indo da clausura e do cerceamento social e familiar para um estado de maior liberdade e assunção da própria voz. Trata-se de mulheres que, embora a passos lentos, reclamam, no plano narrativo, seu direito à libertação de amarras históricas e sociais, atreladas aos moldes do patriarcalismo (BEAUVOIR, 1967, 1970). Pretendemos, mediante o recorte temático deste trabalho, lançar novas luzes sobre a literatura goiana produzida e tematizada por mulheres.