Distribuição espaço-temporal das queimadas no bioma Cerrado entre 1999 e 2018
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Geografia Brasil UEG Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1278 |
Resumo: | A ocupação e apropriação do Cerrado nas últimas décadas se deram, sobretudo, a partir de atividades agropecuárias, que se expandem continuamente sobre áreas de vegetação natural. Nesse contexto, o fogo tem sido utilizado desde a ocupação pretérita do bioma para limpeza de pastos, preparo de plantio e queima de bagaços. Todavia, essa prática também tem sido usada para o desmatamento de vegetação natural para incorporação de atividades agropecuárias. Assim, priorizou-se nesse trabalho analisar a distribuição espaço-temporal das queimadas no Cerrado entre os anos de 1999 e 2018, no intuito de avaliar a hipótese que relaciona a incidência de queimadas ao aumento de desmatamento e implantação de atividades agropecuárias. Para tanto, os arquivos vetoriais de focos de queimadas disponibilizados pelo Banco de Dados de Queimadas (BDQ/INPE) foram compilados, organizados e processados em ambiente SIG. Após a análise da variação das queimadas, segundo o recorte espacial do Bioma e das Unidades Federativas brasileiras e as escalas anuais, sazonais e mensais de distribuição temporal, os focos de queimadas foram quantificados segundo as microrregiões definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), as Unidades de Conservação, as Terras Indígenas e as Comunidades Tradicionais, para avaliação da sua ocorrência espacial. De mesma forma, foram empregadas técnicas estatísticas para avaliação da autocorrelação espacial, e de padrões espaciais e tendências temporais de incidência, nestes dois últimos casos, fazendo uso da técnica de Emerging Hot Spot Analysis. Por fim, os focos de queimadas foram interceptados por mapeamentos anuais de cobertura e uso do solo, provenientes do Projeto Mapbiomas, para verificação da incidência das queimadas no bioma segundo os tipos de uso e cobertura do solo. Em termos médios, foram observados 65.523 focos anuais de queimadas no Cerrado, chegando a atingir o valor máximo de 137.918 focos, conforme registrado em 2007. Percebe-se nítida concentração temporal no trimestre agosto-setembrooutubro (que responde por 72% das ocorrências anuais) e alta concentração, associação espacial e tendência de incremento das queimadas nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, numa região denominada como MATOPIBA, e também no estado do Mato Grosso, junto ao Arco do Desmatamento – sendo ambas regiões reconhecidas como fronteiras agrícolas. Por fim, chama-se atenção também para as formações savânicas e campestres serem as classes de cobertura e uso do solo com maiores incidências registradas, corroborando a hipótese inicial de que as queimadas têm sido corriqueiramente empregadas para manutenção e implantação de atividades agrícolas. |