A moda passa, o estilo fica: a (a)temporalidade das criações icônicas nas biografias de Gabrielle Chanel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Karen Pereira Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em História
Brasil
UEG
Programa de Stricto sensu de Pós-Graduação em História (PPGHIS)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1662
Resumo: Gabrielle Chanel (1883-1971) é uma mulher francesa e criadora de moda do século XX. Ela é apontada como uma das estilistas mais influentes e tida como revolucionária por criar um estilo feminino alternativo àquele da Belle Époque e que é reverberado como atemporal. Estilo esse composto por alguns elementos que levam seu sobrenome até hoje como: o corte de cabelo Chanel, o vestido preto ou pretinho básico, perfume Chanel Nº5, tailleur Chanel, bolsa matelassê 2.55, Escarpim bicolor ou escarpim Chanel, entre outros. O objetivo é compreender como estilo e moda, permanência e mudança coexistem e constroem, por meio de biografias, a ideia de atemporalidade das criações icônicas de Gabrielle Chanel. As fontes da pesquisa são duas biografias indicadas como “confiáveis” pela grife Chanel: “A era Chanel” (2007), da jornalista francesa Edmonde Charles Roux e “Coco Chanel, a vida e a lenda” (2011), da jornalista britânica Justine Picardie. A problemática se desdobra em dois eixos: primeiramente, o paradoxo entre um estilo atemporal e permanente, quando ele está imerso no sistema de mudanças que caracteriza a moda e, em seguida, a produção de sentidos pela fonte biográfica e as relações entre biógrafas e biografada. A metodologia utilizada se pautou na conversão das advertências e potencialidades da biografia em ferramentas de análise do texto biográfico, a observação pormenorizada de marcadores temporais e recursos da linguagem e, por último, a instrumentalização de conceitos e categorias, como: a “ilusão biográfica”, a “dinâmica dos campos”, os “dispositivos de gênero”, o “presentismo”, o “espaço de experiência” e o “horizonte de expectativa” e a nachleben ou sobrevivência. Ao fim, percebeu-se a existência de duas atemporalidades. A “atemporalidade oficiosa” é aquela forjada, montada por Gabrielle Chanel em torno de si mesma e reafirmada como “memória desejável” por suas biógrafas e a “atemporalidade sobrevivente”, que diz respeito à sobrevivência eternizada, fantasmática, que escapa do controle da Casa Chanel e que se irradia no senso comum como sinônimo de elegância e sofisticação, principalmente pelas imitações.