Contribuição para o controle da Leishmaniose visceral: atividade inseticida de plantas sobre Lutzomyia longipalpis (Lutz e Neiva, 1912)

• Ano de defesa: 2009
• Autor(a) principal: Maciel, Michelline do Vale
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Palavras-chave em Português: Ciências veterinárias; Flebotomineo; Leishmaniose; Plantas Inseticidas
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=54360

<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A Leishmaniose visceral é atualmente um problema urbano e de saúde pública. <em>Lutzomyia </em></span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;"><em>longipalpis é</em> o vetor mais importante no Américas, e é certamente a principal espécie de </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">flebotomíneo que possui todos os critérios estabelecidos para competência vetorial, realçando </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">aqueles que são considerados essenciais como: antropofilia, distribuição espacial coincidindo </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">com casos humanos da doença, e infecção natural por <em>Leishmania</em> (L.) <em>infantum chagasi.</em> </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Modelos matemáticos referentes a três métodos de controle sugerem que o uso de inseticidas </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">e a vacinação dos cães são as melhores soluções para o problema quando comparado à </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">eutanásia dos animais soropositivos. Neste trabalho, os efeitos dos óleos essenciais de </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;"><em>Eucalyptus staigeriana, Eucalyptus citriodora, Eucalyptus globulus, Coriandrum sativum, </em></span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;"><em>Azadirachta indica </em>e <em>Lippia sidoides</em> foram avaliados sobre as fases de ovo, larva e adulto de<em> </em></span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;"><em>Lu. longipalpis</em>. Os insetos foram coletados no município de Sobral no Estado do Ceará, </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Brasil. Cinco tratamentos com diferentes concentrações foram realizados, utilizando três </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">controles negativos, com água destilada e dimetilsulfóxido (3%)/ Tween 80 (3%), e controle </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">positivo com cipermetrina (0,196mg/ml). Os testes foram realizados em potes de plásticos </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">revestidos com gesso e utilizando uma ração de fezes de coelho e folha de mandioca. Os ovos </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">larvas e adultos foram aspergidos com os óleos. As larvas eclodidas foram observadas por 10 </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">dias consecutivos e as larvas tratadas até a pupação. A mortalidade dos insetos foi observada </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">após 24, 48 e 72 horas. O óleo essencial de<em> E. staigeriana</em> foi o mais efetivo sobre ovos do </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">inseto (CE50: 3,6 (2,28 - 5,23) mg/ml). O óleo de <em>L. sidoides</em> foi o mais efetivo sobre as larvas </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">de <em>Lu. longipalpis</em> (CE50: 0,25 (0,20 – 0,31) mg/ml). Os óleos de <em>E. staigeriana</em> e <em>L. sidoides</em> </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">foram os mais eficazes sobre os insetos adultos do vetor, apresentando CE50 nos valores de </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">0,59 (0,37 - 0,82) mg/ml e 0,54 (0,42 – 0,68) mg/ml, respectivamente. Os constituintes </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">majoritários dos óleos foram (+) limoneno, Z-citral e E-citral (<em>E. staigeriana</em>); b-citronelal (<em>E. </em></span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;"><em>citriodora</em>); 1,8-cineol (<em>E. globulus</em>), 6-Dimethylocta-2,7-dien-6-ol (</span><span style="font-family: Arial, "sans-serif"; font-size: 10pt;">&#946;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">- inalol) (<em>C. sativum</em>), </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">triterpenos (<em>A. indica</em>) e Timol (<em>L. sidoides</em>) respectivamente. Estes resultados demonstram as </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">boas possibilidades do uso de plantas como uma alternativa ao controle de <em>Lu. longipalpis</em>. </span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">PALAVRAS-CHAVE: Flebotomíneo, plantas inseticidas, leishmaniose   </span></div>