Efeito da administração crônica do óleo de copaíba na dor neuropática diabética em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: BERTO, RAQUEL FONTENELE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84558
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A dor é uma perturbação física e emocional desagradável, originada em receptores de dor que respondem a muitos estímulos e ameaças à integridade tissular. Fisiologicamente, funciona como sinal de alerta, desencadeando reações importantes na defesa do organismo. Entretanto, a dor que se desenvolve patologicamente não é útil, interferindo na homeostasia do indivíduo e na sua relação com o meio. Dentre os diversos tipos de dor, a dor neuropática diabética tornou-se um grave problema de saúde pública com repercussões socioeconômicas comparáveis às das doenças cardiovasculares, fato que demostra a importância do seu estudo. Ela pode surgir como uma das mais comuns complicações do diabetes mellitus e caracteriza-se pela degeneração dos nervos somáticos e/ou autonômicos, podendo acometer qualquer nervo do corpo humano. Pela sua fisiopatologia, trata-se de uma dor de difícil tratamento e com reduzido número de opções terapêuticas. Portanto, faz-se necessário o incremento de pesquisas voltadas para a descoberta de novas drogas para o tratamento da mesma. O uso de plantas com fins medicinais para o tratamento ou prevenção de doenças é uma prática comum no país. Dentre essas plantas, o óleo extraído das copaíbas, já conhecido e bastante utilizado pelos seus mais diversos efeitos, torna-se um candidato promissor ao tratamento também da dor neuropática. O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito anti-nociceptivo do óleo de copaíba administrado cronicamente em modelo animal de dor neuropática diabética. Para tanto, camundongos Swiss, adulto-jovens, de dois meses, machos, com peso variando entre 25 e 30 g, foram tratados com estreptozotocina (150 mg/kg). Após 48 horas, os animais que apresentaram glicemia superior a 11 mM (&gt; 200 mg/dl) foram divididos nos grupos experimentais. Animais euglicêmicos também foram incluídos no estudo, totalizando quatro grupos: diabéticos controle, diabéticos tratados com óleo de copaíba, euglicêmicos controle e euglicêmicos tratados com óleo de copaíba. Os animais foram tratados por gavagem, três vezes por semana, durante dois meses com óleo de copaíba (2 mg/kg) e comparados com os grupos controle diabético ou euglicêmico tratados com salina usando o mesmo protocolo. Durante, os dois meses de tratamento, testes comportamentais foram realizados a cada 15 dias para avaliar o desenvolvimento da alodinia mecânica e hiperalgesia térmica, bem como o efeito do óleo de copaíba sobre os mesmos. Um quinto grupo experimental de animais diabéticos tratados com duloxetina foi introduzido no estudo a fim de comparar a eficácia do efeito anti-alodínico do óleo de copaíba com o medicamento que, hoje, é o mais utilizado no controle da dor neuropática. Os resultados obtidos mostraram que o óleo de copaíba, quando administrado cronicamente e na dose utilizada, apresenta um efeito anti-alodínico a partir do 45º dia de tratamento. Também foi observado efeito anti-nociceptivo do óleo de copaíba na</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">hiperalgesia térmica em todos os testes avaliados, indicando uma possível ação anti-nociceptiva periférica e central do referido óleo. Em comparação com a duloxetina, o óleo de copaíba apresentou efeito anti-nociceptivo maior e mais duradouro tanto na alodinia mecânica quanto na hiperalgesia térmica. Para verificar possível mecanismo de ação do óleo de copaíba, foi aplicada naloxona (5 mg/kg) e verificou-se que esta bloqueou o efeito anti-nociceptivo do óleo de copaíba, indicando uma provável participação da via opióide no seu mecanismo de ação. Diante do exposto, sugere-se que o óleo de copaíba apresenta grande potencial terapêutico para o tratamento e controle da dor neuropática, com resultados mais satisfatórios do que aqueles obtidos com a duloxetina.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">PALAVRAS-CHAVE: Óleo de copaíba, Alodinia, Hiperalgesia e Anti-nocicepção.</span></font></div>