Efeito da apocinina no balanço redox no músculo esquelético de ratos após exercício extenuante agudo

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Alves, Juliana Osório
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
• Palavras-chave em Português: Ciências fisiológicas; Estresse Oxidativo; Músculo Esquelético
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=96008

<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">O exercício físico quando realizado até a exaustão gera alteração da homeostase, consequentemente produzindo uma quantidade maior de espécies reativas de oxigênio (ERO). Atualmente, evidências sugerem que as ERO desempenham papel benéfico e estão associadas às adaptações estruturais e funcionais das células, por meio de regulação de vias de sinalizações celulares. A NADPH oxidase (Nox) é um complexo enzimático especializado em produzir ERO. A administração da apocinina pode ajudar a revelar a fonte principal da geração de ERO no músculo esquelético. O objetivo do estudo foi analisar o efeito da apocinina no balanço redox no músculo esquelético de ratos após exercício extenuante. O estudo é composto por dois subprojetos: subprojeto 1 e subprojeto 2. O subprojeto 1: Com 2 grupos experimentais Controle (CTL)e Exercício (EXC). O exercício exaustivo foi realizado em esteira rolante, com protocolo progressivo até a exaustão no grupo (EXC). Foram quantificados na porção branca (GB) e vermelha (GV) do gastrocnêmio e no sóleo (SOL): níveis de mRNA de componentes da família Nox presentes no tecido muscular, bem como a atividade desse complexo enzimático; marcadores de estresse oxidativo e atividade de enzimas antioxidantes. O Subprojeto 2 é composto por 4 grupos experimentais: controle (CTL; n=8), exercício (EXC; n=8), apocinina (APO; n=8) e apocinina-exercício (APO-EXC; n=8). O protocolo de exercício extenuante foi o mesmo utilizado do subprojeto 1. Nos grupos APO e APO-EXC foi administrada 30 mg/kg/dia (gavagem) em três dias seguidos. Foram quantificados no musculo sóleo: os níveis de mRNA de componentes da família Nox presentes no tecido muscular, bem como a atividade desse complexo enzimático; marcadores de estresse oxidativo e atividade de enzimas antioxidantes. Os resultados do subprojeto 1 indicaram que a atividade de Nox apresentou valores mais altos no músculo SOL em comparação às porções RG e WG. O mesmo ocorreu com os níveis de mRNA de Nox2 e Nox4, atividades enzimáticas antioxidantes e conteúdo de glicogênio. Vinte e quatro horas após sessão de exercício exaustivo, a expressão de Nox aumentou nas fibras oxidativas de contração lenta. A condição de exercício extenuante agudo mostrou atenuação do estresse oxidativo e aumento da atividade antioxidante através da ativação do gene Ppargc1a, adaptações de defesa antioxidante e expressão gênica diferencial de acordo com o tipo de fibra predominante. Os resultados do subprojeto 2 indicaram que os níveis de p47phox aumentaram significativamente com o exercício exaustivo agudo no músculo sóleo. Ainda, o exercício aumentou significativamente o complexo de montagem Nox2. A ativação de Nox2 e Nox4 induzida pelo exercício foi inibida pelo tratamento com apocinina. Como esperado, o exercício aumentou os níveis de mRNA da superóxido dismutase de manganês (MnSOD), glutationa peroxidase (Gpx) e catalase (Cat) no músculo esquelético. Além disso, o aumento dos TBARS induzidos pela diminuição do exercício em ratos tratados com apocinina em comparação com o grupo exercitado pelo veículo e os níveis reduzidos de tiol aumentaram nos ratos tratados com apocinina. Em conclusão, a inibição de Nox2 pela apocinina altera a sinalização intracelular no exercício e os estímulos elétricos musculares, sugerindo que o Nox2 desempenha um papel crítico na resposta molecular ao exercício agudo. Palavras-chave: Músculo esquelético. Apocinina. Estresse oxidativo. Exercício extenuante.</span></div>