Influência do análogo de GLP-1 na musculatura esquelética de ratos tratados agudamente com doxorrubicina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Luciano, Danilo Malmonge Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/243311
Resumo: A Doxorrubicina é um quimioterápico altamente efetivo no tratamento de tumores hematológicos e sólidos. No entanto, apresenta efeitos colaterais no sistema cardíaco e na musculatura esquelética, condição resultante de inúmeras alterações, dentre elas, o aumento do estresse oxidativo, da inflamação e disfunções mitocondriais. Análogos de GLP-1 podem prevenir a degeneração muscular, atenuar a inflamação, modular o metabolismo e reduzir a atrofia muscular. O objetivo do estudo foi avaliar a influência da administração análogo de GLP-1 liraglutida na musculatura esquelética de ratos tratados agudamente com doxorrubicina. Para isso, foram utilizados 60 ratos Wistar machos, divididos em 4 grupos com 15 animais cada: Controle (C), Doxorrubicina (D), administração de liraglutida (análogo de GLP-1) (LG) e Doxorrubicina + administração de liraglutida (DLG). Os grupos LG e DL receberam liraglutida 0,6mg/kg, subcutâneo, diariamente por 14 dias, e os grupos C e D receberam soro fisiológico. Após 12 dias, os grupos D e DLG receberam injeção intraperitoneal de doxorrubicina 20mg/kg, dose única, e os grupos C e LG receberam soro fisiológico. Após 48 horas da injeção de doxorrubicina, os animais foram submetidos à eutanásia e foram coletados músculo sóleo e gastrocnêmio (porção branca e vermelha). Foram avaliados na musculatura esquelética o estresse oxidativo, e quantificação das proteínas Sirt1, PGC1-α e PPARϫ (envolvidas na biogênese mitocondrial), e também NF-kB, GLUT-4 e Troponina T por Western blot. Os resultados foram analisados por ANOVA de uma via e foi considerado o nível de significância estatística de 5%. Observamos menor ingestão de ração e ganho de peso nos animais que receberam liraglutida. Após a injeção de doxorrubicina, os animais que receberam o quimioterápico também tiveram redução da ingestão de ração e do peso corporal. Em relação ao estresse oxidativo, os grupos D e DLG apresentaram maior atividade da catalase no tecido muscular quando comparados ao grupo C e o grupo DLG apresentou menor carbonilação proteica que o grupo C. Não observamos diferenças na expressão proteica de Sirt1, PGC1-α, PPARϫ, NF-kB, GLUT-4 e Troponina T, apesar de observarmos tendência de diminuição de troponina T no grupo D em relação aos outros grupos. Em conclusão, a doxorrubicina não foi capaz de aumentar o estresse oxidativo na musculatura esquelética periférica e não modificou a quantidade de proteínas relacionadas ao funcionamento mitocondrial em ratos tratados com o quimioterápico. Portanto, o efeito da liraglutida na atenuação do dano ao músculo periférico induzido pela doxorrubicina permanece por ser esclarecido.