Expansão da rede federal e reestruturação produtiva: uma análise crítica da identidade institucional e docente do IFCE Campus Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Almeida, Bruno Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82994
Resumo: <div style="">Esta é uma pesquisa exploratória que se propôs a analisar criticamente as relações existentes entre a reestruturação produtiva e a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, bem como a influência dessa relação na identidade institucional e docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE), campus Fortaleza. Com tal finalidade, foram eleitos como objetivos específicos: compreender os impactos da restruturação produtiva no setor público educacional brasileiro e suas implicações nas reformas educacionais; analisar os impactos das reformas educativas da década de 1990 na expansão dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs); compreender os impactos da expansão na identidade institucional e dos docentes do IFCE, campus Fortaleza. Adotou-se como referencial teórico-metodológico base o materialismo histórico dialético proposto por Marx e Engels, que possibilitou perceber e compreender que a evolução das forças produtivas implica em mudanças nas relações de produção e todos os complexos sociais a ela inerentes, inclusive a educação. Partindo dessa premissa, analisou-se o fenômeno da reestruturação produtiva e suas implicações nas reformas do estado brasileiro, dialogando com as análises de Antunes (1995), Borges (2004), Silva (2005) e Teixeira (1996). Discutiu-se as reformas educacionais da década de 1990 e a expansão da Rede Federal, apoiando-se nas análises em Almeida (2012), Colombo (2008), Frigotto (2005), Libâneo (2005), Jimenez e Maia Filho (2013), Manfredi (2002), Pacheco (2010), Ritti (2011). Recorreu-se à Antropologia Cultural, à Sociologia e à Psicologia Social com Dubar (1997 e 2005), Hall (2000) e Ciampa (1987 e 1994) para o desenvolvimento da categoria identidade. Dialogou-se com Iza (2014) sobre identidade docente. E consultamos Manfredi (2002), o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFCE (2014-2018) e Santos (2017), sobre o histórico institucional do IFCE campus Fortaleza. A primeira parte da pesquisa foi de natureza bibliográfica e documental, explorando fontes direta e indireta, em especial os documentos e publicações oficiais disponíveis no site da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) do Ministério da Educação (MEC). Em um segundo momento, realizamos uma pesquisa de campo utilizando como técnica de coleta de dados a entrevista semiestruturada. Foram entrevistados professores do IFCE campus Fortaleza e os dados foram interpretados utilizando a técnica de análise de discurso. A análise dos discursos dos docentes flagrou a crise do processo 5 identitário por que passa a instituição. Em meio à fragmentação de finalidades e objetivos, resguarda-se o orgulho do histórico institucional, que é reposto no discurso docente. Porém, percebe-se, também, que a retomada do investimento público no IFCE, a manutenção do caráter da oferta pública de cursos e a ampliação da atuação no ensino superior, favoreceram a adesão docente às pressuposições das políticas identitárias implementadas pela expansão da Rede Federal, mesmo essa conservando boa parte das recomendações educacionais dos organismos multilaterais de desenvolvimento que foram rechaçadas pela própria comunidade acadêmica nos movimentos de resistência frente às reformas da década de 1990. A crítica atual se centra na ineficiência gerencial da implementação das novas políticas, não mais nas suas implicações mais amplas ao projeto emancipatório da humanidade. Palavras-chave: Reestruturação Produtiva. Expansão da Rede Federal. Identidade Docente. IFCE.</div>