Lectina de Canavalia brasiliensis previne a disfunção vascular induzida por diabetes em ratos: envolvimento das vias receptor muscarínico e receptor de insulina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Laranjeira, Eva Pollyanna Peixe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=96082
Resumo: <div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A diabetes leva a alterações morfológicas e funcionais da vasculatura, como a redução do relaxamento dependente do endotélio e perda da biodisponibilidade de óxido nítrico (NO). A lectina de Canavalia brasilienses (ConBr) pode modular estas alterações, pois além de fosforilar o receptor de insulina, possui efeito relaxante em artérias isoladas de ratos normoglicêmicos e diabéticos. Objetivou-se avaliar o efeito da ConBr sobre aspectos morfológicos e funcionais de artérias com disfunção endotelial induzida por diabetes. Ratos Wistar (250-300 g; CEUA UECE N° 12.776.260-4), foram induzidos a diabetes com streptozotocina (65 mg/kg, i.p.). Após 8 semanas de tratamento com a ConBr (1 mg/kg/dia; i.v.), o sangue foi coletado para dosagem de IL-1&#946;, e as aortas removidas para a análise de responsividade vascular em câmara para órgãos isolados, de alterações morfológicas e deposição de colágeno por microscopia (HE e Picrosirius), e de expressão de eNOS por imunohistoquímica. Artérias aorta e mesentérica isoladas animais diabéticos sem tratamento foram montadas em banhos para órgãos e incubadas com L-NAME (100 µM), ODQ (10 µM), atropina (1 µM), LY294002 (10 &#61549;M), TEA (5 mM), indometacina (10 &#61549;M) ou Tyrode 0Ca2+ e pre-contraídas com fenilefrina antes da adição da ConBr (1-100 µg/ml) isolada ou associada a &#61537;-CH3 (0.1µM). Após 8 semanas de diabetes, os níveis de IL-1&#946; plasmáticos estavam aumentados e a disfunção vascular confirmada redução da contração à fenilefrina e do relaxamento à acetilcolina, aumento do raio do lúmen da aorta, espessamento da camada muscular, deposição de colágeno e diminuição da expressão de eNOS. O tratamento com a lectina atenuou todos estes parâmetros, exceto o relaxamento dependente de endotélio. A adição de ConBr sobre aortas isoladas de animais diabéticos induziu relaxamento (58%) semelhante em animais normoglicêmicos e diabéticos, porém menor em artérias mesentéricas de ratos diabéticos (44% vs. normoglicêmico 55%). Em animais normoglicêmicos, o relaxamento da ConBr foi reduzido em ambas artérias na presença de L-NAME, ODQ, 0Ca2+ , atropina e &#61537;-CH3. Em animais diabéticos, o efeito da ConBr foi alterado por L-NAME e ODQ somente em aorta, mas por TEA, 0Ca2+ e LY294002 em artéria aorta e mesentérica. Além disso, o encaixe molecular sugeriu interação de ConBr e receptores de insulina. O tratamento i.v. com ConBr melhorou a morfologia e a função da parede vascular da aorta, via redução de IL-1&#946; e aumento de eNOS. Portanto, a ConBr induz relaxamento de artérias aorta e mesentérica de ratos normo- e hiperglicêmicos, envolvendo receptores muscarínicos/Ca2+ e/NOS/CG e receptores de insulina/IP3k/Akt/canais de K+ , respectivamente. Palavra-chave: Disfunção endotelial; Óxido nítrico; Lectina de Canavalia brasiliensis</span></div>