Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Ana Zaiz Teixeira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=66995
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Resumo: |
A presente investigação tem como objeto de estudo a cartografia da produção do cuidado em saúde mental operado na Atenção Básica e Centro de Atenção Psicossocial do Município de Fortaleza-CE. A compreensão do que é real, em uma prática cotidiana de um serviço ou até mesmo na vida pessoal de alguém, é uma tarefa que exige além de técnicas e saberes estruturados, exige desprendimento, doação e sensibilidade. A cartografia acompanha os movimentos desse processo, mergulhando nas diversidades para captar e expressar sentidos que estão enraizados e atrelados ao ser humano. Objetivou-se compreender a partir do itinerário de um usuário em ambos os serviços como se dá a articulação entre os Centros de Centros de Atenção Psicossocial e a Atenção Básica na busca da resolubilidade da atenção a saúde; descrever o fluxo assistencial do CAPS e da Atenção Básica na produção do cuidado em saúde mental e analisar os saberes e as práticas envolvidos com a produção do cuidado em saúde mental na Atenção Básica e Centros de Atenção Psicossocial. Trata-se de um estudo de caso exploratório e descritivo, dentro de uma abordagem qualitativa. O sujeito do estudo foi um usuário de 25 anos, com diagnóstico médico de Esquizofrenia do tipo não especificada, atendido nos dois serviços (CAPS e Atenção Básica) há quatro anos, bem como, os familiares deste usuário e os trabalhadores de saúde dos referidos serviços. Os dados foram coletados através de 2 (duas) técnicas: a entrevista semi-estruturada e a observação sistemática. Como ferramenta de análise utilizou-se o fluxograma analisador proposto por Merhy (2002). Para melhor entendermos as questões levantadas com este estudo dentro de uma abordagem qualitativa, utilizamos uma aproximação da análise hermenêutica de Paul Ricoeur para compreensão dos discursos. Os resultados revelaram, que os profissionais da AB e do CAPS analisados neste estudo reconhecem a AB como um espaço privilegiado e uma oportunidade de se construir uma prática eficaz de cuidado aos usuários com transtornos mentais, porém, ainda há uma tendência de se fazer saúde mental intra-muros, ou seja, as ações estão pautadas nas especialidades e nas práticas de cada profissional isoladamente. Este modo de agir está em consonância com o território existencial de cada trabalhador e leva em conta a formação e disponibilidade para com as questões da saúde mental. Em ambos os cenários, os profissionais reconhecem as fragilidades na articulação da rede e apontam o apoio matricial como uma possível ferramenta capaz de contribuir para mudanças positivas das práticas de saúde mental. Para que haja mudanças no plano das ações de saúde mental de forma compartilhada e integrada, torna-se fundamental o processo de desterritorialização de cada trabalhador, para que se pense no espaço do outro, não como uma local de distribuição de tarefas, mas como um espaço promissor de articulação e de compartilhamento de experiências. Descritores: Cuidado; Saúde Mental; Atenção básica; Centro de Atenção Psicossocial. |