Produção do cuidado em saúde mental: significados e sentidos da prática clínica em Centro de Atenção Psicossocial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pinto, Antonio Germane Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=51306
Resumo: O objeto do estudo é a análise da produção do cuidado em saúde mental, tomando como recorte a prática clínica operada pelos trabalhadores do CAPS na Cidade de Fortaleza-CE. A produção do cuidado integral decorre da concepção estabelecida por meio das relações em que o acolhimento, vínculo, autonomia, responsabilização e resolutividade são disponibilizados na prática clínica para com os sujeitos sociais envolvidos no processo. Objetivou-se compreender as práticas de saúde mental na produção do cuidado, envolvendo tecnologias de relações construídas pelos trabalhadores e usuários dos CAPS de Fortaleza-CE; Analisar a organização do trabalho em saúde e suas interfaces com as tecnologias de relações no cuidado clínico em saúde mental; e, discutir a prática clínica em saúde mental na transversalidade da produção do cuidado integral. A metodologia da pesquisa qualitativa, dentro de uma perspectiva crítico-analítica, está escolhida como possibilidade de compreensão do fenômeno social e suas relações no contexto investigado. Os sujeitos do estudo foram 14 trabalhadores de saúde de uma equipe de CAPS do Município de Fortaleza- CE sendo utilizadas a entrevista semi-estruturada e a observação sistemática para coleta de dados. A análise dos dados pautou-se nos pressupostos da análise hermenêutica critica. Os resultados revelaram que a clínica configura-se no espaço do cuidado conduzindo homogeneamente os elementos que integralizam ou não o cuidado em saúde mental, e que as atividades desempenhadas, os procedimentos implantados e executados e, ainda, os saberes interpostos tem na práxis cotidiana a sua efetiva resolutividade. As abordagens terapêuticas grupais absorvem o campo da contemplação contextual no cenário ao incidir a clínica perante a subjetividade humana na busca de uma melhor adequação de vida. As práticas dos trabalhadores do CAPS inserem-se no contexto dos espaços e cenários do cuidado em saúde mental de forma dialética e histórica. O processo de trabalho operado neste campo adentra por meio das tecnologias e saberes na consolidação de um transformar de realidades e situações em consonância aos determinantes sociais e históricos. Ainda assim, a atenção psicossocial em suas dimensões, emana a necessidade da ação intersetorial. Dessa forma, o CAPS precisa incorporar e atuar no seu papel de agenciador e ordenador das ações de saúde mental no território. No espaço territorial o sujeito mantém suas estruturas e coberturas de atenção que, embora diferentes, também incidem no suprimento de necessidades e demandas de saúde do usuário no SUS. Descritores: Saúde Mental; Cuidado integral em saúde; Centro de Atenção Psicossocial.