Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Leite, José William do Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75437
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Resumo: |
A história da humanidade segundo a historiografia oficial é compreendida por<br/>Benjamin como marcha de catástrofe. A Modernidade, produzida pelo progresso da<br/>técnica e do capital, é o momento da história no qual a catástrofe se atualiza<br/>continuamente. A sensação do moderno que a realidade na Modernidade provoca é<br/>alimentada pelos avanços científicos e tecnológicos, pela mercadoria e<br/>multiplicidade de meios, bem como pelo conforto que esses meios promovem. Na<br/>exegese da poesia de Baudelaire, a Modernidade surge para Benjamin como o lugar<br/>do sonho, e mais se assemelha ao mito que embriaga o Eu individual e coletivo e lhe<br/>absorve as forças que propriamente a manifestação plena do avanço da<br/>humanidade. Benjamin analisa o fenômeno da Modernidade por suas contradições,<br/>ela se lhe apresenta como viés para a compreensão da condição humana. Apesar<br/>do progresso da técnica, da novidade da mercadoria, a Modernidade, bem como a<br/>história regida pelas leis do historicismo, se caracteriza pela produção de ruínas e<br/>não pela promoção da felicidade. O desenvolvimento da técnica e a riqueza de<br/>ideias da realidade na Modernidade é o reverso da pobreza de experiências. Imerso<br/>no tempo vivo do progresso da história e da busca contínua do novo culto da<br/>mercadoria , o homem se torna infeliz por se transformar em mero expectador do<br/>que está por vir do continuum histórico. A resistência surge em Benjamin como<br/>condição para a felicidade. A resistência é a tarefa do indivíduo e da coletividade de<br/>escovar a história a contrapelo, isto é, proceder pela consideração das ruínas como<br/>elementos portadores de significação. A destruição da história é também, no seu<br/>reverso, a manifestação plena do sentido. Na dialética teológica a morte desponta<br/>para a vida. As contradições da Modernidade, como a onipresença do culto da<br/>mercadoria enquanto extremo do desvalor da vida, revelam, portanto, as poucas<br/>condições a partir das quais a felicidade ainda é possível. Essas condições são a<br/>frágil força messiânica. Sob a forma da resistência, somente ela é capaz de<br/>promover desvios ao continuum histórico e engendrar o despertar desmitificação<br/>da Modernidade num instante dialético livre do fluxo contínuo da história. O<br/>momento do despertar corresponde ao tempo do agora, concebido por Benjamin<br/>como moradia da felicidade.<br/>Palavras-chave: Modernidade, Progresso da técnica, História, Resistência,<br/>Felicidade.<br/> |