Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, JOANA D ARC SILVA DE |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=114054
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Resumo: |
Com a pretensão de trabalhar o tema da violência contra a mulher utilizando uma obra da literatura brasileira, esta pesquisa propõe uma análise da obra Gabriela, cravo e canela, do escritor Jorge Amado. No romance, o autor registra os costumes do Brasil do início do século XX adotando como cenário a cidade de Ilhéus, na Bahia, cuja conduta dos habitantes era pautada pela ideologia patriarcal. Através dos aspectos sociais que a literatura proporciona procurou-se refletir, de modo proposital e criterioso, sobre a vida das personagens Gabriela e Sinhazinha. No início da trama, Sinhazinha é assassinada pelo marido que a surpreende em uma situação de adultério, e Gabriela sofre inúmeras situações relacionadas ao que hoje se entende por violência contra a mulher. Buscando um olhar reflexivo na literatura, em território nordestino de um século atrás, procurou-se analisar como o enredo ou o destino de Sinhazinha e Gabriela poderia ou não ter sido outro caso a história se passasse nos dias atuais. Nesta pesquisa foram eleitas como categorias de análise o Patriarcado, a Violência contra a mulher e a Literatura. Para justificar a presença da categoria Literatura em uma pesquisa no campo das Ciências Sociais adotou-se como percurso metodológico a interdisciplinaridade pautada em uma análise qualitativa, de tipo bibliográfico e documental, atrelada ao método comparativo, que auxiliou na definição das diferenças existentes entre determinadas legislações em vigor no início do século XX e início do século XXI. A análise desenvolvida possibilitou identificar que Sinhazinha e Gabriela, caso vivessem no Brasil contemporâneo e fossem esposas de Jesuíno e Nacib, seriam vítimas de feminicídio, violência física, psicológica e patrimonial. Quanto aos agressores, estes sofreriam as penalidades previstas nas leis Maria da Penha e Lei do Feminicídio. Porém, a eficácia dessas leis depende da agilidade de sua aplicação por parte do Poder Público e isso nem sempre ocorre de maneira adequada. |