O Tratamento com Óleo Essencial de Hyptis crenata Reduz o Desequilíbrio Redox, Inflamação e as Alterações de Contratilidade em Intestino de Ratos Tratados com Metotrexato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vasconcelos, Yuri De Abreu Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=110146
Resumo: Metotrexato (MTX) é uma droga considerada pela organização mundial da saúde como um dos integrantes da lista de medicamentos essenciais para o câncer. Contudo, o MTX apresenta diversos efeitos colaterais, principalmente alterações inflamatórias gastrointestinais. Por sua vez o óleo essencial de Hyptis crenata (OEHc) apresenta efeitos sobre a motilidade gastrointestinal, anti-inflamatórios e antioxidantes, ações que poderiam atuar diminuindo os efeitos adversos do MTX. Assim o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do OEHc sobre as alterações de contratilidade e possível desequilíbrio redox no intestino de ratos tratados com MTX. Esse estudo foi dividido em 3 etapas. Primeiramente verificou-se segurança do OEHc, sendo realizada uma avaliação de toxicidade hepática e renal em tratamento prolongado. Para isso foram utilizados ratos Wistar machos. Os animais foram divididos em quatro grupos: TW (animais tratados por via oral solução Tween 80 0,1% (v / v)); OEHc30; OEHc100 e OEHc300 que receberam 30, 100 e 300 mg/Kg de OEHc respectivamente. Após 30 dias de tratamento, foram avaliados parâmetros bioquímicos séricos e histológicos, além do estresse oxidativo. As únicas alterações encontradas foram o aumento do peso do fígado (6% do peso corporal) e o rim direito em (0,2% do peso corporal) no grupo OEHc300. A segunda etapa caracterizou as alterações de contratilidade na musculatura lisa intestinal provocadas pelo MTX, para isso ratos Wistar machos, foram divididos em 2 grupos: um grupo MTX, onde os animais receberam MTX na dose de 2,5 mg/kg s.c. durante 3 dias seguidos, e um grupo SAL que recebeu salina s.c. durante o mesmo período. Os animais do grupo MTX, foram divididos em 3 grupos, um sacrificado no 4º dia (MTX4D), um sacrificado no 6º dia (MTX6D) e último grupo no 10º dia (MTX10D), contando a partir do início do tratamento. Foram avaliados, principalmente, o acoplamento farmacomecânico e eletromecânico no musculo liso de duodeno jejuno e íleo. O MTX não alterou a resposta contrátil induzida por KCl em nenhuma dos segmentos. Contudo principalmente no grupo MTX10D, reduziu a área sob a curva da resposta contrátil à ACh de 902,8±151,78 para 440,3 ± 89,20 no duodeno e de 1279,7 ± 136,19 para 501,0 ± 135,84 no íleo, sem alterar no jejuno. Também reduziu a área sob a curva da resposta à NE de 91,99 ± 12,89 para 39,3 ± 8,12 no duodeno e de 143,4 ± 31,86 para 38,4 ± 6,47 no jejuno. Por fim, foi verificado o efeito do tratamento com o OEHc sobre as alterações encontradas na fase anterior. Para isso os animais após a terceira injeção de MTX foram divididos em 5: Grupo SALTW (Animais salina e veiculo), MTXTW-6D (Animais MTX e veículo), MTXHc-6D (Animais MTX e OEHc), MTXTW-10D (Animais MTX e veículo) e MTXHc-10D (Animais MTX e OEHc). Como principais resultados temos que o MTX levou a um aumento na atividade da MPO passando de 50,9 ± 9,97 U/mg de proteína no Grupo SALTW para 144,6 ± 12,80 U/mg de proteína no duodeno, e passando de 30,4 ± 6,60 U/mg de proteína no Grupo SALTW para 70,3 ± 13,17 U/mg de proteína no íleo. O OEHc preveniu esse aumento. O MTX levou a diminuição nos níveis de tiol passando de 35,6 ± 4,00 ηmol DTNB reduzido / mg de proteína no Grupo SALTW para 16,84 ± 5,65 ηmol DTNB reduzido / mg de proteína no Grupo MTX TW – 6D no duodeno e de 45,93 ± 4,62 ηmol DTNB reduzido / mg de proteína no Grupo SALTW para 21,66 ± 3,90 ηmol DTNB reduzido / mg de proteína no Grupo MTXTW – 6D. O OEHc preveniu essas alterações. O tratamento com OEHc também preveniu o aparecimento de alterações contrácteis provocadas pelo tratamento com MTX, levando as respostas contrácteis dos grupos MTXHc para valores próximos aos controles. Em conclusão OEHc não apresentou toxicidade no período avaliado e o OEHc preveniu várias das alterações provocadas pelo tratamento com o MTX, possivelmente por apresentar efeito antiinflamatório e antioxidante.