AFETIVIDADE NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO: SIGNIFICADOS SOB O OLHAR DO PROFESSOR DO ENSINO MÉDIO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: HERCULANO, MÁRCIA CIPRIANO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=93689
Resumo: O trabalho consiste num relato de pesquisa do Mestrado Acadêmico em Educação da Universidade<br/>Estadual do Ceará e apresenta discussões sobre a afetividade na relação professor-aluno e seu<br/>significado sob o olhar do professor do Ensino Médio. O objetivo da pesquisa é conhecer qual o<br/>significado atribuído pelo professor a uma relação afetiva com os seus alunos, procurando identificar<br/>os fatores que atuam como facilitadores ou complicadores dessa relação. As obras de autores como<br/>Wallon, Vygotsky, Paulo Freire, Tardif e Lessard e Maria Cândida de Moraes, constituíram-se nas<br/>referências teóricas para a realização deste trabalho. Adotou-se o método de pesquisa interventivo,<br/>utilizando-se a abordagem qualitativa e o paradigma interpretativo para a sua análise. A coleta de<br/>dados foi realizada através das seguintes técnicas: Encontros Formativos e entrevistas semiestruturadas<br/>com um grupo de professores do Ensino Médio de uma escola da rede pública Estadual do Ceará,<br/>localizada em Fortaleza. A análise dos dados adotou como referência a análise categorial temática da<br/>qual emergiram três categorias que foram discutidas no âmbito desse estudo: “Os professores: escolhas<br/>e formação pessoal e profissional”, “O papel do professor na construção de uma relação humanizada”<br/>e “A docência como um trabalho interativo e afetivo”. A realização desse trabalho nos permitiu<br/>encontros riquíssimos com os pensamentos e sentimentos dos nossos pesquisados. Estarmos em<br/>contato com os professores num formato de pesquisa desse nível nos favoreceu um aprendizado não só<br/>objetivo e valioso sobre o tema trabalhado, mas também nos possibilitou identificar nos gestos, nas<br/>palavras e em todo movimento corporal cada resposta às nossas suposições teóricas colocadas no<br/>processo de investigação. Identificamos, a partir dessas vivências, a insatisfação da maioria dos<br/>professores em relação à sua profissão, além do fato de que pouco aprenderam em sua formação sobre<br/>como manter uma relação afetiva com seus alunos. Eles consideram que são explorados e<br/>desvalorizados pelos alunos e pela sociedade e que não têm papéis bem definidos dentro da escola.<br/>Concluímos que há uma carência de uma reflexão afetiva na formação docente e que os professores se<br/>reconhecem humanos em um contexto desumanizado. Observou-se, ainda, em seus discursos, que tais<br/>queixas provocam afetos negativos que influenciam a relação entre eles e os discentes. Os professores<br/>demonstraram necessidade e interesse de serem ouvidos e de expressarem seus conflitos e aprenderem<br/>novas estratégias para melhor se relacionar com os alunos. A partir dos resultados alcançados, pode-se<br/>conceber a dimensão relacional como um tema imprescindível a ser tratado na formação do professor.<br/>A maioria dos professores relatou que seu papel é o de formar e cuidar do aluno. No que se refere à<br/>afetividade, afirmaram sua importância dizendo que os ajuda a construir uma relação positiva e<br/>harmoniosa com seus alunos. No entanto, constatamos que muitos professores têm dificuldade de<br/>conciliar afetividade e rigor. Concluímos a nossa investigação certos de que a afetividade é um<br/>ingrediente importante e que contribui para o desenvolvimento dos educadores e educandos no<br/>processo ensino-aprendizagem.<br/>Palavras chave: Afetividade, relação professor-aluno, professor do ensino médio, formação docente