Macrobrachium amazonicum oriundos de ambiente natural e de cativeiro: determinação da microbiota por leveduras, sensibilidade antifúngica e fatores de virulência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Araújo Neto, Manoel Paiva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=63693
Resumo: Macrobrachium amazonicum é a espécie nativa de camarão dulcícola que mais atrai interesse de produtores brasileiros. Até o momento, o registro sobre a microbiota fúngica de M. amazonicum é muito restrito. Com este estudo buscou-se conhecer a microbiota por leveduras de M. amazonicum, bem como identificar os fungos presentes na água do cativeiro. Adicionalmente, buscou-se estabelecer o perfil de sensibilidade antifúngica in vitro e avaliar a produção de fosfolipase e de protease para os isolados de Candida spp. Para tanto, foram utilizados camarões de cativeiro da fase larval à adulta, camarões de vida livra e amostras da água de cativeiro. As amostras de camarão foram maceradas e suspendidas em solução salina estéril e o sobrenadante foi semeado em placas contendo ágar Sabouraud acrescido de cloranfenicol e ágar semente de níger. A identificação da espécie fúngica foi baseada na micromorfologia e em características bioquímicas. Vinte e quatro isolados de Candida spp. foram submetidos ao teste de microdiluição em caldo, frente a anfotericina B, itraconazol, fluconazol e caspofungina segundo metodologia padronizada pelo Clinical Laboratory Standards Institute (documento M27-A2), ao teste de produção de fosfolipase em ágar gema de ovo e à avaliação da atividade de proteases. Para análise dos dados foram utilizados os testes de Fisher, de Pearson e T de Student, com nível de significância de 5% (P<0,05). Foram obtidos a partir de camarões e da água de cultivo 26 isolados de leveduras, pertencentes a 7 espécies, sendo C. famata (38,5%) a mais prevalente, seguida por C. parapsilosis e C. guilliermondii (15,14%). Ademais, foram encontrados 28 isolados de fungos filamentosos na água de cultivo, pertencentes a cinco gêneros, sendo Penicillium (46,42%) o gênero mais prevalente. Todas as cepas de Candida foram sensíveis a anfotericina B (CIM=0,03125 a 0,5 µg/mL) e caspofungina (CIM=0,03125 a 1 µg/mL). Para itraconazol e fluconazol as CIMs foram de 0,03125 a ≥16 μg/mL e 0,5 a ≥64 μg/mL, respectivamente. De todos os isolados testados, 33,33% foram resistentes aos derivados azólicos, sendo dois isolados de C. famata, um de C. tropicalis, um de C. parapsilosis, um de C. guilliermondii e três de C. albicans. Das cepas de Candida spp. 12,5% e 37,5%, respectivamente, produziram fosfolipase e protease. Por fim, este trabalho representou o primeiro estudo da microbiota por leveduras de M. amazonicum, comparando populações selvagens e de cativeiro. Adicionalmente, M. amazonicum pode ser destacado como um possível animal sentinela na detecção de leveduras resistentes a antifúngicos no ambiente natural. Palavras-chave: Macrobrachium amazonicum. Microbiota por leveduras. Candida spp. Fatores de virulência. Sensibilidade a antifúngicos.