Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Marques, Raquel Monteiro
 |
Orientador(a): |
Rocha, Flavia Souza
 |
Banca de defesa: |
Medeiros, Rodrigo Jesus de,
Lemos, Romilda Maria Alves de |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
|
Departamento: |
Instituto de Florestas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15635
|
Resumo: |
Ao longo da última década do século XX as nações passaram a dedicar mais atenção aos impactos ambientais causados pelo homem, levando a sociedade a repensar o seu desenvolvimento, visando à conciliação entre desenvolvimento econômico e qualidade ambiental. Nesse contexto, a água se mostra um elemento vital por ser um recurso finito e de distribuição irregular. Além da escassez hídrica que preocupa o mundo, estudos demonstram que espécies estão sendo extintas devido à pesca predatória, sendo que quase a metade dos estoques marinhos de valor comercial encontram-se em nível máximo de exploração, 18% estão sobre-explorados, 10% foram severamente exauridos ou se encontram em estado de recuperação e apenas 25% encontram-se sub ou moderadamente explorados. Assim, o cultivo de organismos aquáticos parece ser uma excelente alternativa para a produção de alimentos proteicos. Entretanto, a aquicultura não gera apenas impactos positivos. Analisando-se todos os sistemas de criação de organismos aquáticos em cativeiro, tem sido verificado que os impactos negativos são muitos, com consequências diretas sobre o meio ambiente e as comunidades do entorno. Dessa forma, a aquicultura enfrenta o desafio de moldar-se ao conceito de sustentabilidade. Apesar da forte necessidade de diminuir os impactos negativos resultantes da aquicultura em conjunto com a otimização da produção, verifica-se que os estudos nessa área são escassos. Assim, pretendeu-se realizar uma análise dos estudos sobre aquicultura a fim de investigar a relação aquicultura e sustentabilidade. Para tal foi realizada uma pesquisa bibliográfica com consultas a trabalhos sobre o manejo do camarão na Amazônia, no Brasil e no mundo, os trabalhos identificados na pesquisa bibliográfica foram analisados com maior profundidade, quantificados e separados em categorias por assuntos. Na Amazônia, a forte exploração da espécie de camarão de água doce Macrobrachium amazonicum tem implicado prejuízos ambientais. Dessa forma, na década de 90, a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE) junto com a comunidade da Ilha das Cinzas desenvolveram uma forma de manejo do camarão, mais sustentável. Sabendo a importância da implementação desse projeto para a comunidade, foi realizada uma avaliação de algumas ações propostas por este, bem como sua continuidade após a saída da instituição (FASE) da área de estudo. Para tal, em campo, foram realizadas entrevistas com pescadores e durante estas se utilizou um questionário com perguntas despadronizadas. Os estudos identificados pelo levantamento bibliográfico mostraram que é crescente a preocupação com a saúde do consumidor, com a utilização dos resíduos gerados pela atividade e com a sustentabilidade da produção. Porém, dos estudos que visam propor melhores formas para a realização da carcinicultura, muito poucos consideram todo o processo, desde a instalação dos viveiros até a venda do camarão. Ao final desse estudo, conclui-se que o manejo do camarão de água doce, realizado na Ilha das Cinzas pode ser considerado sustentável até hoje. Apenas são necessárias ações pontuais e a continuidade da realização do monitoramento dessas práticas na região. |