O (contra) cinema de Guy Debord: espetáculo, desvio e comunicação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira Filho, Davi Galhardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=92684
Resumo: O presente trabalho constitui um estudo sobre a relação crítica de Guy Debord com o cinema e a arte moderna. Nossa hipótese investigativa é que a teoria crítica que logrou fama ao situacionista francês – quase sempre pelo inverso do que ela mesma quis dizer – ainda não estava formada em sua juventude, especialmente no primeiro dos seus filmes. Essa perspectiva permite compreender que o programa que Debord toma para si desde suas primeiras movimentações é o da aplicação da poesia moderna na prática. Assim, o que é possível de ser verificado desde esse instante é uma ação que se solidariza com a categoria estética expressão, pensada e experimentada pela arte moderna e em especial pelas vanguardas artísticas, mas que busca avançar seus reclames em direção a uma forma de comunicação que seja efetiva. Ao defendermos nesse trabalho, por sequência, a tese de que filmes e textos teóricos se imbricam mutuamente na obra debordiana, somos levados a considerar que ambos dispõem dos mesmos fundamentos, notadamente o mesmo mote e processo de desenvolvimento: a reversão [renversement] e o desvio [détournement] da linguagem no combate à moderna sociedade produtora de mercadorias. Para mostrar como essas considerações fazem sentido, esse trabalho apresenta em seu primeiro capítulo, “Expressão e comunicação”, uma análise imanente da primeira metade da obra fílmica de Guy Debord, visando compreender o movimento estéticopolítico que culminará no desenvolvimento de sua teoria/prática posterior. Destarte, no segundo capítulo do presente trabalho, “Negação e desvio”, será evidenciado justamente a forma como Debord se insere na tradição poética e revolucionária, em busca da efetivação de uma comunicação capaz de superar as contradições imanentes à sociedade do espetáculo e instaurar na prática um diálogo executório. Por fim, procuramos mostrar que a tarefa da poesia moderna resiste, embora suas últimas experiências tenham sido abatidas no campo de batalha. Palavras-chave: Sociedade do Espetáculo. Desvio. Comunicação. Expressão. Cinema.