Morfodinamica de Desembocaduras de Sistemas Estuarinos Barrados: o Caso do Rio Pacoti, Ceara

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rocha, Gustavo Henrique Macedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=75103
Resumo: As zonas costeiras são ambientes deposicionais de idade recente, portanto são <br/>ambientes frágeis de ecodinâmica instável, sendo mais susceptível aos impactos <br/>causados pelos processos atuantes na costa, dentre eles, a antropização. A <br/>presente pesquisa contemplou a desembocadura do Rio Pacoti e um trecho de suas <br/>praias adjacentes como objeto de estudo a fim de traçar um perfil evolutivo das <br/>variações ocorrentes na foz em meso e microescala temporais, compreendendo da <br/>morfodinâmica da desembocadura diante das variáveis atuantes na zona costeira. O <br/>Rio Pacoti localiza-se no estado do Ceará na divisão municipal de Fortaleza e <br/>Aquiraz e é um dos principais fornecedores hídricos para o sistema que abastece a <br/>Região Metropolitana de Fortaleza, através do Açude Pacoti. A pesquisa <br/>estabeleceu-se sob o embasamento teórico dos sistemas complexos aplicados a <br/>zona costeira com aplicação de técnicas de sensoriamento remoto e <br/>geoprocessamento, utilizando softwares da plataforma SIG. Dados complementares <br/>foram coletados em campanhas bimestrais em ano de estudo (03/11 a 03/12) com <br/>tratamento e pós-tratamento executado em laboratório. Como resultado, ao longo de <br/>51 anos de análise, a atividade antrópica cresceu mais de 7 vezes, valendo ressaltar <br/>que em meados de 1975 essas atividades passaram a voltar-se para a atividade <br/>turística e residencial, ocupando, sobretudo, dunas móveis e semi-fixas. Além disso, <br/>o barramento do rio e outros processos associados, como o decreto de Unidades de <br/>Conservação Estaduais, promoveram um aumento de 2,04 vezes da área de <br/>manguezal. As praias adjacentes sofreram erosão de aproximadamente 30 metros <br/>com diminuição das taxas após a criação do barramento, ressaltando a existência de <br/>padrão correlativo linear dessas taxas com a pluviometria. Para um ciclo anual, as <br/>praias tendem a perder sedimento nos períodos de maior energia com a entrada de <br/>ondas do tipo swell e do aumento da vazão do rio. Próximo a desembocadura as <br/>perdas de sedimento ocorrem grande parte do ano, havendo recuperação apenas no <br/>final do ano, quando consolida-se uma estrutura deposicional em forma de flecha <br/>perpendicular a linha de costa. Neste mesmo período, o trecho de praia mais <br/>próximo a barlamar perde sedimentos e apresenta granulometria mais grossa, <br/>enquanto a sotamar da desembocadura, a praia deposita sedimentos, recuperando <br/>as perdas que ocorreram nos eventos de vento intenso. O sistema estudado <br/>apresentou forte de susceptibilidade a erosão em face aos fatores torrenciais. Diante <br/>disso, o estudo propõe unidades de intervenção, baseadas em correspondentes <br/>ambientais, apresentando sugestões de usos com a finalidade de promover o <br/>desenvolvimento sustentável nessas áreas. <br/><br/>&nbsp;<br/><br/>Palavras-chave: Morfodinâmica, Desembocadura Fluvial, Linha de Costa, <br/>Geoprocessamento. <br/>&nbsp;