Infecção hospitalar em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca em unidade de terapia intensiva pediátrica: características e análise de custos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Maia, Regina Cláudia Furtado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=52061
Resumo: O controle de infecção hospitalar requer conhecimentos específicos com a finalidade de proteger o paciente e colaborar com o hospital na promoção do cuidado em saúde. A infecção hospitalar pode ser reduzida em até 30% de sua incidência se for dada ênfase às infecções relacionadas a dispositivos e procedimentos invasivos, levando às instituições a reduzir drasticamente seus custos relacionados ao tratamento de pacientes acometidos com tal injúria. Este trabalho teve por objetivo avaliar as características e custos das infecções adquiridas durante a internação de pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca, em unidade de terapia intensiva pediátrica. Tratou-se de um estudo retrospectivo de caso controle pareado 1:1, por peso e por cirurgias assemelhadas através da ASA, equipe cirúrgica e tempo médio de cirurgia, realizado em um hospital infantil de atendimento terciário, de grande porte, no município de Fortaleza-CE, no período de novembro de 2006 a outubro de 2007. Foram utilizados três indicadores de custos validados pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS): tempo de permanência hospitalar, custos com hemoculturas e dose diária definida (DDD) de antibióticos. Além desses, acrescentou-se custos com ventilação mecânica e com antimicrobianos. Os dados coletados foram processados no software SPSS, versão 16.0, utilizando-se os testes estatísticos Kolmogorov, Qui-quadrado, Fisher e Odds ratio. Da amostra avaliada (62), 53,2% eram do sexo masculino e 54,8% vinham da área metropolitana. As principais cirurgias realizadas foram átrio e ventriculosseptoplastia, bandagem da artéria pulmonar e ligadura do canal arterial, compreendendo 69,4% do total de cirurgias. A maior prevalência para infecção hospitalar foi de pneumonia associada à ventilação mecânica, com 72,2% dos casos. A categoria de peso entre 5Kg e 12Kg concentrou o maior percentual da amostra, com 43,5%. O grupo caso permaneceu hospitalizado, em média 14,5 dias a mais que o grupo controle. Aos dias de UTI, foram acrescidos 6,9 dias. Quanto à realização de hemoculturas, verificou-se uma diferença para mais de 2,39 exames. Em relação à DDD de antibióticos profiláticos e terapêuticos, observou-se um excesso de 93,23. Quanto aos custos com pneumonia associada à ventilação mecânica, verificou-se um excesso de US$ 2.974,00 em média por caso, pelo tempo de internação em UTI. Os custos com antibióticos obtiveram um excesso de US$108,70 em média. Para a realização de hemocultura, o excesso foi de US$ 25,50. Observou-se que os valores aplicados em tratamento de infecção hospitalar oneram pesadamente o orçamento da instituição, sem levar em conta os custos indiretos, por afastamento das atividades profissionais e familiares do paciente e seu acompanhante. O ônus social também é elevado pela falta de leitos disponíveis para a comunidade. Ao final da pesquisa, o trabalho atingiu seu objetivo, determinando os valores empregados no tratamento da infecção hospitalar, provando o quanto se perde em recursos que deveriam ser aplicados na melhoria do atendimento. Palavras-chave: Custos, infecção hospitalar, DDD.