Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Chagas, Hélio Oliveira |
Orientador(a): |
Chang, Marilene Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2172
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Resumo: |
Infecção Hospitalar (IH) é um preocupante problema de saúde pública em todos os países e constitui um fator importante no desfecho dos pacientes críticos, com aumento na morbimortalidade, no tempo e custo de internação. No Brasil, estudos que avaliam custos de tratamento associados à IH são limitados. Nesta pesquisa objetivou-se identificar os sítios e agentes de IH, condições de risco e evolução clínica dos pacientes com e sem IH. Além disso, comparar custos diretos com tratamento e tempo de internação entre pacientes que adquiriram IH e aqueles que não adquiriram infecção em unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital privado de Mato Grosso do Sul. Dados clínicos e laboratoriais de pacientes internados de janeiro de 2010 a dezembro de 2011 foram obtidos de registros da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e os dados referentes aos custos, do setor financeiro do hospital. Do total de 276 pacientes estudados, 29,4% adquiriram infecção hospitalar. Os sítios de infecção mais frequentes foram: trato respiratório inferior (45; 55,6%), corrente sanguínea (18; 22,2%) e trato urinário (12; 14,8%). Os principais agentes de infecção foram: Staphylococcus aureus (16; 19,8%), Pseudomonas aeruginosa (13; 16%), Escherichia coli (12; 14,8%) e Klebsiella spp (7; 8,6%). O uso prolongado de procedimentos invasivos como ventilação mecânica, cateter venoso central, sonda vesical de demora, dreno e intubação orotraqueal foi considerado condição de risco estatisticamente significante para o desenvolvimento de IH. Pacientes com IH estiveram internados em média 14 dias a mais do que os que não contraíram infecção e 32 pacientes (39,5%) com IH foram a óbito. O custo médio gasto com antibióticos foi de R$ 8.641,88 para tratamento de pacientes com IH, 58 vezes maior do valor gasto com pacientes que não adquiriram IH. O valor médio total gasto com a internação dos pacientes que desenvolveram IH e que não desenvolveram IH foi R$ 38.322,23 e R$ 1.492,50, respectivamente. Este estudo mostra que pacientes com infecção hospitalar têm permanência maior na UTI, o que, consequentemente, eleva os custos com o tratamento. Os resultados obtidos contribuem com a literatura nacional sobre custos relacionados à aquisição de IH e devem motivar a administração e CCIH dos hospitais a implementar medidas de controle e prevenção dessas infecções. |