Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Paiva Filho, Francisco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=98028
|
Resumo: |
O trabalho com o sintoma na clínica de enfermagem atualmente é, em grande parte, tributário de sua herança do nascimento da clínica moderna. As observações de enfermagem, os manuais diagnósticos, as terapêuticas adaptativas, a pesquisa baseada em evidência, estabelecem íntima relação com a operação que retira do paciente a possibilidade de saber. O operador lógico do saber é o olhar clínico que converte o visível em um código de linguagem restrito e reduz o sintoma à lesão no órgão. Assim, buscamos na psicanálise, e seu trabalho com o sintoma em sua dimensão inconsciente, ampliar as possibilidades no contexto da clínica de enfermagem. A hipótese nesta tese é a de ser possível, para a clínica de enfermagem, trabalhar com o sintoma em sua dimensão inconsciente, seja como mensagem a ser decifrada seja como cifra de gozo. Temos como objetivo geral, o de investigar as consequências para a prática clínica da enfermagem ao considerarmos o sintoma em sua dimensão inconsciente. E como objetivos específicos: discutir o conceito de sintoma na saúde, na enfermagem e na psicanálise; interrogar a partir da prática clínica como o sintoma se apresenta em cada caso; e extrair as consequências do trabalho com essa concepção de sintoma para a prática clínica de enfermagem. Para isso utilizamos a metodologia das cenas na construção do caso clínico a partir do referencial psicanalítico. Três cenas foram organizadas para dois casos clínicos. A primeira cena refere-se à chegada do paciente na clínica de enfermagem; a segunda, às queixas e sinais da transferência; e a terceira, à elaboração teórica do caso. No caso Newton, veremos como na neurose, foi possível tanto o trabalho com o sintoma enquanto mensagem a ser decifrada como o sintoma enquanto cifra de gozo. No caso Tom, veremos a possibilidade de trabalho com o sintoma na psicose, a partir das considerações acerca da elaboração delirante. No capítulo final discutimos como as questões que emergiram nas cenas podem contribuir para a proposta de trabalho com o sintoma em sua dimensão inconsciente para a clínica de enfermagem. Identificamos que essa proposta comporta tanto uma ética como uma política na direção de devolver aos sujeitos a possibilidade de saber sobre si. Além disso, a partir do diagnóstico estrutural, estabelecer algumas diretrizes para o trabalho tanto na neurose como na psicose na clínica de enfermagem. Uma série de possibilidades se abrem a partir dessa proposta para a clínica. Palavras-chave: Enfermagem. Sintoma. Psicanálise. Construção do caso clínico. |