Revisitando o Estado Novo em Fortaleza: o trabalhismo nas páginas do jornal O Nordeste (1937-1945)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: PAIVA, MÔNICA GOMES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=112207
Resumo: Esta pesquisa examina a relação entre o Estado e a Igreja através das páginas do jornal O Nordeste, focando-se na temática do trabalhismo. O estudo analisa as páginas operárias do jornal para entender a interação política em torno do trabalhador e como eram construídas as relações com segmentos vinculados ao jornal, como o Estado e os operários cearenses. O período estudado, de 1937 a 1945, foi escolhido por ser marcado por políticas intensas pensadas para o trabalhador e por permitir entender as mudanças no jornal durante essa fase governamental. A análise também busca identificar os papéis político e social da Igreja em relação às atividades clericais da época. O presente estudo estabeleceu um profundo diálogo com as contribuições historiográficas de Ângela de Castro Gomes (2005) e Marylu Oliveira (2016) acerca do trabalhismo. As obras de Gomes e Oliveira fornecem um vasto campo de possibilidade prática de configuração da corrente defendida por ambas. A metodologia desta pesquisa baseia-se na utilização de jornais como fonte primária. O jornal O Nordeste acompanhou toda a pesquisa, ora como fonte, ora como objeto. Além disso, para obter uma visão mais abrangente e crítica, a pesquisa cruza informações de jornais do mesmo período, mas com linhas editoriais ideologicamente opostas. Entre os jornais usados como apoio, podemos citar O Povo, O Unitário e A Cruz. O trabalhismo oficial e cristão em Fortaleza pode ser evidenciado pelas práticas assistencialistas, todavia as atividades cristãs imprimiram sentimentos de identidade e de pertencimento de classe.