Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Alves Junior, Carlos Donato Barbosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=115643
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Resumo: |
A compreensão da fisiologia do exercício nos cavalos no salto desempenha um papel fundamental na elaboração de um planejamento esportivo adequado, incluindo treinamento, intervalos e períodos de descanso, tudo isso contribuindo para melhorar o desempenho, a saúde e o bem-estar dos animais. Os exercícios físicos causam danos teciduais que induzem um estresse metabólico fisiológico que está diretamente associado ao desempenho atlético. Nas células, este estresse leva à síntese de moléculas que ativam vias inflamatórias, resultando na produção de mediadores químicos e influenciam mudanças nos parâmetros vitais, na dinâmica leucocitária e na liberação de moléculas sinalizadoras. Contudo, não existem estudos que avaliem o estado imuno-inflamatório desses animais durante o treinamento esportivo. A utilização destes biomarcadores em cavalos atletas poderá trazer benefícios no monitoramento dos treinos, bem como na saúde do animal. O objetivo desse trabalho foi avaliar variações nos biomarcadores inflamatórios sanguíneos desencadeadas em decorrência das alterações sistêmicas provocadas pelo exercício de salto em equinos. Para tanto, cavalos adultos da raça Brasileiro de Hipismo (n= 9), com idade média de 10,1 anos, foram submetidos a um teste de treinamento específico (TTE), compreendendo as etapas de aquecimento, exercícios de plano e salto, e recuperação, em uma pista de areia de 900 m2, durante 40 minutos, com intensidade moderada. Este protocolo foi aprovado pelo CEUA/UECE sob o número 03027831/2023. Exames clínicos e coletas de sangue foram realizadas em três tempos, antes (T0), imediatamente após (T1) e depois de uma hora (T2) da finalização do exercício. Os parâmetros hematológicos foram mensurados por analisador automático enquanto os parâmetros bioquímicos Albumina, Proteinas totais, Creatinina, Lactato, Glicose, creatina quinase (CPK), lactato desidrogenase (LDH) foram determinados em aparelho de automação bioquímica, utilizando-se kits comercias com metodologias específicas conforme fabricante. Os resultados foram utilizados para o cálculo dos biomarcadores: relações neutrófilo-linfócito (NLR), plaqueta-linfócito (PLR), neutrófilo-albumina (NAR), albumina-globulina (AGR), albumina-creatinina (ACR). Os dados obtidos foram analisados pelos testes Shapiro-Wilk, os dados paramétricos foram submetidos aos testes de ANOVA e Tukey, enquanto os dados não paramétricos passaram pelos testes de Kruskal-Wallis e de Dunn, sendo considerados significativos com P≤0.05. Foram encontradas alterações significativas nas frequências cardíaca (FC) e respiratória (FR), nos níveis de lactato, CPK, LDH e glicose em função do tempo. No que se refere aos biomarcadores destacam-se os seguintes resultados: houve alterações significativas nas NAR e PLR de T0 para T1 e de T1 para T2, NLR e AGR aumentaram significativamente em T2 comparada a T1, enquanto a ACR não sofreu alteração significativa nos tempos estudados. Concluiu-se que o exercício físico de salto em equinos induz alterações nas relações NLR, PLR, AGR e NAR, o que permite que estas relações possam ser utilizadas como biomarcadores imune-inflamatórios promissores no monitoramento da performance do cavalo atleta de salto. Mais investigações são necessárias para esclarecer o papel destes biomarcadores em vários aspectos e variáveis do exercício em cavalos atléticos. |