Relação interpessoal no cuidado e sua associação com autocuidado geral e podálico em pessoas com diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Aquino, Maria De Jesus Nascimento De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=100832
Resumo: O Diabetes Mellitus é uma condição crônica que requer acompanhamento multiprofissional e estratégias que evitem ou reduzam a ocorrência de complicações. Dentre as complicações do diabetes, o pé diabético é a complicação mais frequente e seu manejo é um grande desafio. O objetivo foi identificar o nível de relação interpessoal no cuidado de enfermagem e sua associação com as variáveis sociodemográficas, clínicas e atividades de autocuidado com diabetes e com os pés. Estudo transversal analítico, realizado com amostra de 150 pessoas com Diabetes mellitus tipo 2 de um hospital universitário. Foi identificada a predominância do sexo feminino (61.0%), a média de idade de 62.05 (DP ± 9.19), a maioria com companheiro (67.3%), com baixa escolaridade (53.0%), com renda familiar de um a dois salários mínimos (72 %) e procedência da capital (77.3%), região metropolitana (4.7%) e do interior (18.0%). Em relação à avaliação antropométrica, apresentavam obesidade e sobrepeso, complicações crônicas, presença de retinopatia (52.7%), nefropatia (34.0%), neuropatia (50.7%), cardiopatia (42.7%), doença vascular periférica (24.0%), úlcera (18.0%), amputações (8.7%), acidente vascular encefálico (10.7%), comorbidades como presença de Hipertensão (90.7%), dislipidemia (85.3%), hepatopatia (14.7%) e depressão (13.3%). Glicemia com os valores ≥ a 100mg/dl (87.3%), hemoglobina glicada ≤ 7% (24.7%) e ≥ 7(74.7%), microalbuminúria (6.0%) e macroalbuminúria (3.3%) e alterações nos valores de triglicerideos (51.0%). A efetividade da relação interpessoal no cuidado de enfermagem foi moderada com escore 40 a 40 (53.0%) e alta com escore 50 a 50 (43.0%). Entre os itens do autocuidado com DM, atividade física específica apresentou a menor média de dias de adesão (1± 2) e com autocuidado podálico os indicadores foram insatisfatórios para seguir dieta (52.0%) e prática de atividade física (58.7%). Foram realizadas análises descritivas e inferências ao nível de significância de 5%. A relação interpessoal no cuidado mostrou associação com a procedência p=0.045, comorbidades como nefropatia p=0.016, acidente vascular encefálico p= 0.020, ingerir cinco ou mais porções de frutas e/ou vegetais p =0.009, adesão à dieta p=0.014 e receber orientações de cuidados com os pés p =0.015. Conclui-se que a efetividade da relação interpessoal no cuidado pode contribuir para melhoria da assistência de enfermagem e adesão ao autocuidado.