Formação e atuação docente de Aida Balaio: Biografia de uma educadora negra em Fortaleza – CE (1908-1970)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lima, Ana Michele Da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=100729
Resumo: A investigação trata da história de vida de Aida Balaio (1889-1970) – mulher, professora, negra, religiosa, alfabetizadora e madrinha de crianças de quase um bairro inteiro. A partir da constituição de uma biografia, objetiva compreender a atuação profissional e as práticas educativas decorrentes da formação educativa de Aida, voltada para o magistério, no recorte temporal de 1908 a 1970, justificada pelos anos de que se tem registro de sua atuação junto a processos educacionais. A pesquisa está inserida no campo da História da Educação, amparada na perspectiva da História Cultural e utiliza a metodologia da História Oral entrecruzada com a análise documental escrita para os direcionamentos e análises desta produção, tendo como relevância a contribuição enquanto educadora para com a historiografia das mulheres, dos negros, dos pobres e profissionais da educação, os quais ainda pouco aparecem como protagonistas. Aida Balaio, na verdade, chamava-se Aida Santos e Silva, uma mulher que ganhou a memória coletiva do Mucuripe, com uma história de entrelace entre a Educação, o ensino primário, a Igreja Católica e a prática assistencialista. A formação educativa da docente se deu junto ao Colégio Imaculada Conceição, uma das escolas seculares de Fortaleza, descrita como uma instituição da elite feminina cearense. A biografia de Aida como educadora nos possibilitou ensejar lume à inserção da mulher na educação, no mercado de trabalho e na política, discutindo as atividades destinadas ao feminino, à história da feminização do magistério, além de expor individualidades da professora que atuou, mais de meio século na docência, intervindo na realidade que a cercava, reflexo esta do analfabetismo e da vida sofrida de pescadores e trabalhadores braçais do Mucuripe.