Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Morais, Keyla Rejane Frutuoso de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=106718
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">INTRODUÇÃO: o Acidente Vascular Cerebral (AVC) está entre as principais causas de internações hospitalares e morbimortalidade da população brasileira. O AVC deve ser estudado em seu componente social, além da caracterização da patologia de ordem clínica ou funcional. OBJETIVO: analisar a linha de cuidado pós-alta hospitalar e a sua associação com a incapacidade funcional de indivíduos com AVC isquêmico (AVCi) atendidos em um hospital terciário. MÉTODO: estudo transversal analítico, de abordagem quantitativa, realizado no ambulatório de neurologia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) no período de janeiro a outubro de 2018. A população foi composta por indivíduos com diagnóstico de AVC isquêmico (AVCi) atendidos no HGF, com a amostra de 132 pacientes. A pesquisa foi realizada por meio de fontes primárias e secundárias que incluiu: questionário para avaliar o perfil sociodemográfico/clínico/assistencial, instrumento de avaliação do acompanhamento pós-alta hospitalar, escala de Rankin Modificada, Mini Exame do Estado Mental (MEEM), a National Institute for Health Stroke Scale (NIHSS), Escala de Qualidade de Vida Específica para AVC (EQVE-AVE) e o instrumento diagnóstico Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Foi realizada também a avaliação cinesiológica funcional e para classificar a funcionalidade foi utilizada a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Os dados foram tabulados no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0 a fim de apresentá-los de forma descritiva e analítica. RESULTADOS: evidenciou-se que 60,6% dos pacientes eram do sexo masculino, com média de idade de 6013,62 anos, 71,2% viviam com companheiro(a), 63,6% eram pardos, mais da metade recebiam até 1 salário mínimo e estudaram em média 5,5 anos. Quanto à linha do cuidado pós-hospitalização, 83,3% afirmaram ter recebido orientação sobre o controle dos fatores de risco para novo AVCi. Na alta hospitalar, 65,2% dos pacientes foram encaminhados para dar continuidade ao tratamento na Unidade de Atenção Primária em Saúde (UAPS) e 75,8% afirmaram ser nela acompanhados. Quanto ao acesso a consultas médicas regulares na UAPS, 52,3% afirmaram ter acesso às mesmas. O encaminhamento para realização de tratamento fisioterápico aconteceu em 58,3% dos pacientes, fonoterapia em 19,7% e menos de 1% para terapia ocupacional. Nenhum paciente foi encaminhado para realização de tratamento psicológico e odontológico na alta hospitalar. Do total, 76,5% dos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">pacientes do estudo afirmaram haver Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e 81,8% dos pacientes relataram a existência de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em seu município. A dificuldade em retornar ao ambulatório especializado no HGF foi relatada por 26,5%. Quando classificada pela CIF, percebeu-se que 90,2% apresentaram alterações na função do corpo, 83,3% na atividade e participação e 69% nos fatores ambientais. Constatou-se que 61,4% apresentaram Qualidade de Vida (QV) alta e em 53% presença de sofrimento mental. A partir da distribuição espacial, percebe-se que os locais de piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) concentram o maior número de pacientes com AVCi do estudo (por local de residência), que são as Secretarias Regionais (SER) V e VI, respectivamente com IDHs de 0,25 e 0,30. Houve correlação estatisticamente significante entre a incapacidade funcional e a qualidade de vida (p = 0,016), bem como com a presença de sofrimento mental (p = 0,002) e o número de eventos cerebrovasculares (p=0,012). Com a realização da regressão logística multivariada verificou-se que quem teve gravidade moderada do AVC no retorno teve 12,45 vezes mais chances de ter melhorado e quem teve qualquer dificuldade no retorno para o ambulatório de AVC teve 0,28 vezes menos chance de ter melhorado. CONCLUSÃO: a complexa rede de serviços prevista na linha de cuidado pós-alta hospitalar encontra-se fragmentada e subdimensionada, dentre outros motivos, há a diversidade territorial de procedência dos pacientes explicitada nos mapas de geoprocessamento. Em especial, observa-se a precarização do acesso aos serviços multiprofissionais de saúde para recuperação funcional pós-AVC na rede de atenção em saúde. </span></font><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Acidente vascular cerebral. Classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde. Reabilitação. Atenção primária em saúde.</span></div> |