Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Stephanie Barros |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83376
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Resumo: |
<div style="">A temática ora aqui apresentada tem como objetivo fazer uma crítica à filantropia empresarial, sobretudo a educacional como mecanismo deformador e tendencioso de cooptação social que o sistema capitalista propõe à classe trabalhadora. É posto como solução para enfrentar as reverberações da crise estrutural do capital, a inserção e aceitação da sociedade civil, representada pelo empresariado, em um movimento de transferência de responsabilidades sociais. Á luz da esteira marxista, o trabalho investiga, nestes termos, o considerado terceiro setor e seu papel na sociedade ao fornecer serviços público-não-estatais. Fazendo um recorte em nosso objeto, tendo em vista as inúmeras instituições que se apresentam na contemporaneidade como filantrópicas, optamos por fazer o enfoque maior a atividade realizada pelo Banco Bradesco e sua organização: Fundação Bradesco, devido a história desta instituição e os investimentos realizados pela mesma há pelo menos 60 anos. Partimos como pressuposto para a pesquisa que as benesses oferecidas pelo capital a classe trabalhadora, como mote de assistência e compromisso social, são na verdade eixos de acumulação de capital e premissas ideológicas. Lançada essa questão, partimos para a comprovação das questões colocadas por meio de uma pesquisa teórico-bibliográfica e documental as inquietações que a realidade nos exigia. No campo metodológico entendemos que a realidade é composta de suas inúmeras contrariedades e por ser construída pelos homens, possui consequentemente historicidade, razão pela qual se faz necessário manter aproximações constantes em favor de não perder o contato com o real. Utilizando-se da letra de Marx (2009; 2010; 2013a; 2013b; 2015), Engels (2004; 2008), Marx e Engels (2007; 2010; 2011) abordamos questões como a pobreza, o pauperismo e a exploração do trabalhador pela burguesia. No que se refere a Crise Estrutural do Capital e suas reverberações optamos por dialogar com Mészáros (2004;2011a;2008,2011a;2011b; 2012; 2014). No campo filantrópico recorremos às pesquisadoras Ioschpe (1997), Beghin (2005) e Mestriner (2011) que nos auxiliaram na historicização e conceituação do tema. Acerca do 3° setor, revisitamos os apontamentos de Montaño (2010) para compreensão não apenas do segmento na economia, mas também da questão social tão discutida e atividade fim da participação dos setores privados na esfera pública. Para falar da Fundação Bradesco, usamos seus próprios documentos (2015; 2014; 2013; 2012; 2006) disponíveis no site oficial da instituição. A filantropia empresarial voltada para a educação máscara a exploração da classe trabalhadora, com ações sociais apresentadas como humanizadas, de cooperação e responsabilidade social. Todavia, observamos que a Fundação Bradesco expressa uma ideologia de empresa cidadã com responsabilidades. Em linhas gerais, concluímos que ao contrário do que apregoam os defensores da filantropia empresarial inserida na educação, entendemos que uma formação humana assentada no desenvolvimento pleno das potencialidades dos indivíduos só poderá ocorrer no tempo em que os homens estiverem emancipados do sistema do capital. </div><div style="">Palavras-chave: Filantropia Empresarial. Formação do trabalhador. Crise estrutural do capital.</div> |