Abordagem Terapeutica da Obesidade Infantil: Semelhancas e Discrepancias Segundo a Formacao Profissi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Cavalcante, Ana Carolina Montenegro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=47453
Resumo: O objetivo do presente estudo foi conhecer a conduta adotada por profissionais de saúde da cidade de fortaleza na abordagem, da obesidade infantil, considerando a falta de diretrizes nacionais consensuais. A coleta de dados foi realizada através de um formulário composto por dados de caracterização, critérios diagnósticos utilizados e conduta terapêutica dietética adotada. O universo do estudo foi formado por 23 pediatras, 13 endocrinologistas e 20 nutricionistas cadastrados em seus respectivos órgãos de especialidade, que atendem crianças com excesso de peso, em âmbito publico ou privado há no mínimo três anos. O estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de ética ema Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará. Com relação à caracterização dos profissionais, 75% são do sexo feminino, aproximadamente 30% tem entre 10 e20 anos de formação os pediatras são os com maior tempo de experiência no atendimento de crianças com excesso de peso. Em reação aos critérios diagnósticos, os mais utilizados são os índices peso/altura e peso/idade uma minoria utiliza a circunferência da cintura, circunferência do quadril e dobras cultâneas. Para classificação do estado nutricional, endocrinologistas e nutricionistas utilizam o NCHS (1977) e CDC (2000) na mesma proporção já pediatras utilizaram mais o NCHS (1977). Quanto ao tratamento dietético, a quase totalidade dos profissionais orienta modificações na alimentação da família, aumento no consumo de frutas e hortaliças e restringe alimentos específicos (guloseimas doces e salgadas, massas e frituras), que representam a principal conduta dietética adotada a maioria de nutricionistas e endocrinologistas, mas não de pediatras, oriente dieta individualizada. A redução do sedentarismo e a pratica de atividade física são estimulados pela maioria dos profissionais, mas sem especificado de freqüência e duração. A maioria de pediatras e endocrinologistas, mas não de nutricionistas orienta a redução do uso de televisão e computador como estratégia de com bate ao sedentarismo. Prescrição farmacológica e indicação de cirurgia não integram a rotina dos profissionais entrevistados. O encaminhamento a outros profissionais é mais realizado pelos endocrinologistas, que indicam principalmente o psicólogo. A duração do tratamento é longo, ultrapassando 6 meses pela maioria dos profissionais , com maior tempo ainda despendido pelos pediatras. O critério mais utilizado para alta do paciente, dentre os médicos, foi à interrupção do ganho de peso e manutenção do crescimento já dentre os nutricionistas, foi à criança a atingir peso de acordo com parâmetros de normalidade. A taxa de abandono foi omitida por grande parcela dos profissionais, mas parece menor entre os pediatras. O estudo permitiu concluir, de forma global, que as condutas adotadas pelos três grupos de profissionais têm respaldo teórico, mas não há u m protocolo único e as condutas são incompletas tanto no que tange a o diagnóstico, como no que tange ao tratamento, provavelmente comprometido o sucesso terapêutico. A falta de diretrizes locais e nacionais provavelmente contribui para as falhas detectadas. É urgente que discussões relativas ao tema sejam implementadas com vistas a elaboração de um consenso brasileiro de abordagem da obesidade infantil. Unitermos: obesidade infantil conduta profissional de saúde consenso.