Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Frontzek, Luciana Gaudio Martins |
Orientador(a): |
Modena, Celina Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/18027
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Resumo: |
A obesidade infantil cresce em todo mundo e requer maiores pesquisas e contribuições para que haja prevenções e intervenções mais eficazes. A obesidade é considerada doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS) pelas comorbidades que acarreta como, por exemplo, pressão alta, diabetes, impacto nas articulações entre outros. O objetivo da pesquisa foi compreender a obesidade infantil, considerando sua complexidade, através da percepção da família, para subsidiar intervenções mais eficazes. Em um primeiro momento realizou-se uma revisão integrativa sobre a percepção dos pais em relação à obesidade de seus filhos. Foi revelada presença de distorção do real peso da criança por parte dos pais e a ineficácia dos programas de intervenção. Partindo destes primeiros dados foi feito um estudo qualitativo em hospital infantil, situado em Belo Horizonte, com 10 famílias. Foram realizadas intervenções interdisciplinares em grupo com as crianças obesas e suas famílias na perspectiva da teoria da complexidade e da teoria sistêmica. Os participantes foram entrevistados antes das atividades grupais. As crianças realizaram técnicas projetivas com os seguintes temas; como eu me vejo, como os outros me vêem e como eu vejo a comida. Os encontros foram quinzenais e duraram seis meses. Foram construídas, a partir destes dados dois jogos para intervenção com as famílias: O Jogo da família- saúde divertida e Histórias da gente. Eles foram reunidos em uma cartilha contendo também sugestões de oficinas sobre obesidade infantil para serem realizadas com famílias. O Jogo da família-saúde divertida foi aplicado em uma Unidade Básica de Saúde através de uma oficina. A experiência mostrou a aplicabilidade e potencial do material de intervenção psicossocial como instrumento capaz de suscitar reflexões e aumentar a percepção das famílias em relação aos seus hábitos alimentares e comportamentais. A pesquisa revelou que, pode parecer óbvio que as crianças imitam seus pais e que o comportamento alimentar é aprendido, mas uma série de outros elementos, sociais, psicológicos, econômicos, biológicos, compõe a dinâmica que culmina na obesidade. A compreensão do fenômeno não pode se basear em um pensamento linear simplificador. Concluiu-se que, mostra-se inviável compreender e intervir na obesidade infantil sem considerar a complexidade, a multicausalidade e as relações familiares / sociais envolvidas. |