ARTRITE INDUZIDA POR ZYMOSAN NA ARTICULAÇÃO TÍBIO-TARSAL DE RATOS – AVALIAÇÃO DOS EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS DA LECTINA DE Hypnea cervicornis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: BRINGEL, PEDRO HENRIQUE DE SOUZA FERREIRA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=84741
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A Artrite Reumatoide (AR) é a artropatia mais frequente em humanos, na qual a dor é um achado comum. O objetivo deste trabalho foi investigar a fisiopatologia da artrite induzida por zymosan na articulação tíbio-tarsal de ratos e avaliar a atividade anti-inflamatória da lectina de Hypnea cervicornis (HCA) nesse modelo. Foram utilizados ratos Wistar machos (200-220g) mantidos em condições controladas de temperatura e luminosidade, recebendo água e ração ad libitum. Cada grupo experimental foi composto por oito animais. Os animais receberam zymosan (500 &#956;g/25&#956;l de salina) ou salina na articulação tíbio-tarsal direita. A fim de mensurar a nocicepção, os animais foram colocados em caixas individuais de acrílico, com assoalho de rede de malha não maleável, e aos mesmos se aplicou uma pressão no centro da região plantar, utilizando uma sonda de área larga (4,15 mm2) para provocar flexão articular, com consequente resposta de retirada da pata. Valores reduzidos na pressão aplicada refletem a hipernocicepção. A resposta de retirada da pata foi avaliada imediatamente antes da indução (tempo zero) e em tempos variados após a injeção do estímulo (1-6 h, 12 h, 24 h, 48 h, 96 h, 7d e 14d). A fim de excluir a ativação de mecanonociceptores locais na resposta de retirada, um grupo de animais recebeu lidocaína 2% (100 &#956;L s.c.). Para a validação do modelo, foram administradas morfina (4 mg/kg, i.p., 5,5 h após a indução) ou indometacina (5 mg/kg, i.p., 30 min antes da indução). HCA (1 e 3 mg/kg; i.v.) foi administrada 2 h ou 5,5 h após a indução da artrite. A participação do domínio lectínico foi avaliada pela administração da HCA pré-incubada (37°C, 1 h) com 0,1 M do açúcar ligante N-acetilgalactosamina (GalNAc), o qual também foi administrado isoladamente como controle. ODQ (4 &#956;g i. art) foi administrado 30 min antes do HCA (1 mg/kg e.v.) para avaliar a participação da via L-arginina:NO:GMPc. Os animais foram eutanasiados 6 horas ou 14 dias após a indução, e o fluido articular foi coletado para contagem de leucócitos e dosagem de citocinas. As diferenças estatísticas foram determinadas por análise de variância (ANOVA), univariada ou bivariada, seguida do teste de Bonferroni. P&lt;0,05 foi considerado significante. Zymosan provocou influxo leucocitário significante, tanto na 6ª h quanto no 14º após a indução, em relação ao grupo salina (46693 ± 8126 e 650 ± 143 células vs 362 ± 53 células e 15 ± 3 células, respectivamente). Na 6ª hora, foram detectadas nos fluidos articulares do grupo zymosan, concentrações elevadas de citocinas [IL-1&#946; (45-vezes), IL-6 (23-vezes), TNF-&#945; (4-vezes), IL-5 (2,5-vezes), IL-4 (4-vezes); IL-13 (7-vezes)] como também de fatores de crescimento [VEGF (8-vezes), GM-CSF (7-vezes), M-CSF (4-vezes), MCP-1 (3-vezes)], em relação àqueles do grupo salina. Lidocaína não alterou o limiar de dor dos animais. Morfina (62,02 ± 5,50 g) e indometacina</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">7</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">(59,59 ± 8,24 g) reverteram a hipernocicepção provocada por zymosan, na 6ª hora (20,87 ± 2,54 g). O tratamento com HCA (1 mg/kg e.v.) duas horas após a indução da artrite, reduziu tanto a hipernocicepção (36,10 ± 2,74 g vs 18,90 ± 1,84 g) quanto o influxo leucocitário (14558 ± 4002 vs 46900 ± 6831 células) induzidos por zymosan. Resultados de mesma magnitude foram alcançados com uma dose maior de HCA (3 mg/kg e.v.), mesmo quando administrada 5,5 h após o zymosan. A pré-incubação com GalNAc reverteu parcialmente os efeitos da HCA (hipernocicepção: 37,36 ± 5,45 g; influxo: 8869 ± 4552 células). O efeito antinociceptivo da HCA pôde ser revertido por administração prévia de ODQ. Diante dos resultados apresentados a HCA pode ser indicada como importante ferramenta para o estudo da artrite em modelos animais.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-Chave: Inflamação. Artrite. Zymosan. Lectina. Hypnea cervicornis.</span></font></div>