Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
NASCIMENTO, FRANCISCO GLERISON DA SILVA |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=89285
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Resumo: |
Artropatias crônicas estão entre as principais causas de incapacidade funcional humana, sendo a osteoartrite (OA) a mais prevalente, causando danos à cartilagem e osso subcondral, acompanhados de dor articular. Os tratamentos intra-articulares convencionais empregam AINEs, costicosteroides, e viscosuplementadores como hialuronatos. Nesse cenário, estudos apontam a importância de recursos fitoterápicos, com evidências de efeitos benéficos para a galactomanana de Cyamopsis tetragonolobus (goma guar). Este trabalho avaliou o potencial terapêutico da galactomanana de Delonix regia (GM-DR) no modelo animal de OA induzida por monoiodoacetato de sódio (MIA) em ratos. Para tanto, a galactomanana de D. regia foi isolada e caracterizada quimicamente. MIA foi administrada por via intra-articular (1mg/25μl). A hipernocicepção foi avaliada diariamente por meio de um analgesímetro digital. Lidocaína 2% (100 μL; s.c.), morfina (4 mg/kg, i.p.) e indometacina (5mg/kg, i.p.) foram utilizadas para validação do modelo. Os animais foram eutanasiados no 56º dia, com coleta das estruturas articulares e avaliação do dano histopatológico seguindo os escores OARSI (Osteoarthritis Research Society International). GM-DR foi dissolvida em água (30 - 300μg/25μl) e administrada intra-articularmente nos 14º e 21º dia. A toxicidade da GM-DR foi determinada por parâmetros comportamentais qualitativo, semi-quantitativo, procedimentos adaptados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e guia 423 da Organization for Economic Cooperation and Development (OECD). MIA provocou hipernocicepção articular desde a 2ª hora até o 56º dia, revertido por indometacina e morfina, além de danos na cartilagem, com extensão superior a 50% da superfície articular. Lidocaína não alterou o padrão hipernociceptivo, excluindo a participação de mecanorreceptores cutâneos no fenômeno. A GM-DR (30 e 100μg/i.art.) inibiu a hipernocicepção (30μg: 45.33±33 vs MIA: 24.45±2; 100 μg: 48.50±2.52 vs 24.45±2). Nesta última, dose também reduziu o dano estrutural. Os resultados demonstraram inexistência de efeitos tóxicos da GM-CP (300 ou 2000 mg/kg) sobre os SNC, SNA e SNP, e ou alterações no peso corporal, nos parâmetros bioquímicos e hematológicos ou órgãos-alvos. Dessa forma, os dados indicam que GM-DR é isenta de toxicidade e sugerem propriedades terapêuticas em modelo animal de osteoartrite.<br/>Palavras-chave: Osteoartrite, Monoiodoacetato, Galactomananas, Hipernocicepção, Cartilagem. |