Consulta de enfermagem aos transplantados cardíacos no Ceará: análise dos registros no período de 2005-2011

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Lacerda, Ione Cavalcante
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=71094
Resumo: O transplante cardíaco em humanos representou o início de importantes avanços no tratamento dos pacientes acometidos por doença cardíaca severa, possibilitando aos pacientes a busca de melhor qualidade de vida. Inserida neste contexto, a consulta de enfermagem (CE) direcionada aos transplantados cardíacos tem grande importância no seu tratamento, pois realiza importante papel na orientação deste usuário. Nesta perspectiva, este estudo teve como objetivo analisar os registros da consulta de enfermagem aos transplantados cardíacos, identificando os principais focos dos registros da consulta e averiguando a existência de uniformidade ou divergências no atendimento registrado. A pesquisa documental investigou 1322 registros de consultas de enfermagem nas fichas de 65 pacientes vivos, adultos, transplantados e acompanhados em um ambulatório de um hospital público do Ceará, referência em cardiologia. A coleta de dados foi realizada entre setembro e outubro de 2011. Ao analisarmos os dados, observou-se que o sexo masculino representou a maioria dos transplantados e que a faixa etária mais freqüente foi de 41 a 50 anos. Observou-se que os registros mais encontrados foram aqueles acerca das atividades referentes à promoção/controle de saúde (29.8%), nutricional/ metabólico (39.1%), eliminação (5.5%) e atividade/repouso (11.4%). Os referentes à avaliação da cognição (0,1%), da autopercepção (0.3%), sobre relacionamentos e participação da família (0.2%), questões sobre sexualidade (0,5%) e dor (2.4%) foram pouco enfatizadas. A análise individual das atividades registradas permitiu reconhecer a uniformidade da CE e seus focos. Identificamos que o exame físico registrado era limitado à verificação de peso, aferição da pressão arterial, ausculta cardíaca com registro da freqüência cardíaca e breve referência à avaliação dos membros inferiores. Conclui-se que as orientações abordam, principalmente, aspectos biológicos. Registros referentes a atividades de avaliação cognitiva, de autopercepção, acerca dos relacionamentos familiares dos transplantados e seus cuidadores, das atividades laborativas e de lazer foram pouco abordados nas consultas, sendo estas as divergências encontradas. Incrementar a sistematização da assistência de enfermagem poderá facilitar uma abordagem mais integral e eficaz do paciente submetido a transplante cardíaco, contribuindo na promoção de sua saúde. Palavras-chave: Registros de enfermagem, Transplante cardíaco, Enfermagem.