Caracterização Química e Atividades Biológicas do Latex De Cryptostegia madagascariensis Bojer (Apocynaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pinheiro, Hamanda Brandao
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=98184
Resumo: A espécie Cryptostegia madagascariensis Bojer é de origem africana e ocorre no litoral cearense de forma abundante, no entanto, há escassez de informações relacionadas ao seu estudo químico e biológico. Objetivou-se com o estudo investigar a caracterização química e atividades biológicas de C. madagascariensis. Para reunir informações acerca do gênero Cryptostegia foi realizada uma revisão bibliográfica, já para a investigação química e biológica do látex de C. madagascariensis foram realizadas coletas do látex no período chuvoso (Abril) e no período seco (Setembro), em seguida as amostras foram submetidas à extração e a teste fitoquímicos. A atividade antioxidante foi realizada pelo método DPPH e a anticolinesterásica, através da inibição da enxima acetilcolinesterase e calculado o CI50 (concentração inibitória média). A atividade alelopática foi avaliada por ensaio de germinação e crescimento, para verificar o potencial alelopático sobre sementes de Lactuca sativa L., Leucaena leucocephala (Lam.), Pithecellobium dulce (Roxb.) Benth, Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.) Altschul) e Cenchrus echinatus L., nos extratos de látex, folhas frescas e de folhas secas. Foram avaliados os seguintes parâmetros: germinação, índice de velocidade de germinação e crescimento de plântulas. Os resultados para a revisão bibliográfica mostraram que a maioria das informações levantadas corresponde à espécie Cryptostegia grandiflora R.Br. que possui inúmeros potenciais biológicos descritos, enquanto que para C. madagascariensis há escassez de informações. A análise química que evidenciou diversas classes de compostos como, compostos fenólicos, fenóis, alcaloides, taninos, esteroides e triterpenos. Dois compostos foram identificados nas frações etanólicas: ácido gálico e rutina. Para as frações hexanicas foram identificados 30 compostos no total, dentre eles os majoritários estão dois ésteres, 3-hidroxihexadecanoato de metila e 3-hidroxioctadecanoato de metila. As frações FETC (Fração Etanólica Tarde Chuvoso) e FETS (Fração Etanólica Tarde Seco) apresentaram maior teor de substâncias fenólicas; FETC e FEMS (Fração Etanólica Manhã Seco) apresentaram maior atividade antioxidante, com IC50 de 12,47 ± 0,03 μg/mL e 13,06 ± 0,39 μg/mL; FEMS e FETS apresentaram maior atividade anticolinesterásica, com 12,76 ± 0,47 μg/mL e 12,71 ± 0,27 μg/mL. Já para a atividade alelopática foi evidenciado um indicativo de que a espécie C. madagascariensis possa possuir atividade alelopática em seus extratos por apresentar indícios inibitórios nas outras espécies analisadas. Sendo assim, o presente estudo revela que C. madagascariensis possui em seus extratos, compostos de potencial bioativo, que podem está relacionados com as atividades biológicas estudadas, podendo ser uma potencial fonte natural para usos farmacêuticos e industriais