POTENCIAL INVASOR E RESPOSTA AO ESTRESSE SALINO DE Cryptostegia madagascariensis BOJER EX DECNE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: BARBOSA, ELAINE MAIA
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=83005
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Invasões biológicas podem ser responsáveis por diversos prejuízos econômicos, ecológicos e sociais, sendo causadoras de grandes perdas na biodiversidade nos ecossistemas. O objetivo desse estudo foi avaliar a estrutura de um fragmento de Caatinga infestado por Cryptostegia madagascariensis Bojer ex Decne, bem como, a germinação de sementes e o crescimento inicial de plântulas em diferentes concentrações de salinidade. Em um fragmento de Caatinga avaliamos parâmetros como índice de valor de importância, índice de Shannon-Wiener (H’), índice de impacto ambiental de espécies exóticas (IIAE), além das densidades e frequências relativas e absolutas dos indivíduos da flora local. Avaliamos o efeito da salinidade em diferentes temperaturas na germinação de sementes de C. madagascariensis. Em câmaras de vegetação realizamos tratamentos em temperaturas de 25 e 30 ºC com condutividades elétricas de: 0,0 (água destilada); 0,5; 2,0; 4,0 e 6,0 dS m-1, utilizando, como sal, o cloreto de sódio. A qualidade fisiológica foi avaliada através das variáveis: índice de velocidade de germinação; tempo médio de germinação; comprimento final dos indivíduos; e percentagem de germinação. Também avaliamos o crescimento de plantas jovens de C. madagascariensis em rizotrons e em vasos preenchidos com areia e vermiculita. Para isto realizamos irrigação com água do abastecimento público, solução nutritiva e solução nutritiva acrescida com 10, 20, 30 e 40 mM de cloreto de sódio para simulação do estresse salino. Calculamos, assim, as taxas do crescimento absoluto e relativo das plântulas em função da altura e massa fresca dessas plantas jovens. Os resultados mostraram uma elevada densidade da invasora no fragmento de Caatinga onde, a estrutura e diversidade da comunidade vêm sendo afetada pela invasão, causando grande ameaça para a palmeira endêmica de grande valor socioeconômico, Copernicia prunifera (Mill.) H. E. Moore. A espécie apresentou uma elevada percentagem de germinação na maior salinidade utilizada, evidenciando que a mesma apresenta ótima adaptação ao estresse salino. Observamos também que em todos os tratamentos salinos, as plantas jovens de C. madagascariensis conseguiram sobreviver. As maiores taxas de crescimento absoluto e relativo ocorreram no substrato vermiculita com valores de até 0,0400 cm.cm-1. dia-1 e 0,0715 g.g-1.dia-1. Assim, temos que o potencial invasor de C. madagascariensis está associado a suas altas taxas de germinação, rápido crescimento e adaptação ao estresse salino, tornando essa invasora uma excelente competidora das espécies nativas do bioma Caatinga.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Biodiversidade. Caatinga. Bioinvasão. Germinação.</span></font></div>