Uma análise multimodal dos perfis do Instagram do O Povo e do Diário do Nordeste nas eleições presidenciais brasileiras de 2018

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Coriolano, Raoni Reinaldo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=104572
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">As redes sociais possibilitam aos usuários a produção e a difusão de textos em que diversos modos semióticos podem ser articulados. O Instagram é a rede social que mais cresce nos dias de hoje e vem sendo procurada pelos internautas como fonte de informação. Nesse contexto, os perfis do Instagram @opovoonline e @diariodonordeste desempenham o papel de transmitir notícias valendo-se da articulação entre imagem e texto. Dentre essas notícias, as informações relativas às eleições presidenciais de 2018 foram bastante acompanhadas pelo público nessas redes sociais. Com interesse em estudar esse contexto, este trabalho objetiva identificar como são articulados os modos semióticos texto e imagem e analisar como são representados os candidatos presidenciáveis de 2018 nas publicações de @opovoonline e @diariodonordeste com base, respectivamente, na taxonomia da relação texto e imagem proposta por Martinec e Salway (2005) e na Gramática do Design Visual, de Kress e van Leeuwen (2006). Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva, de natureza aplicada e de abordagem qualitativa. O corpus deste trabalho foi coletado durante o 2º turno das eleições presidenciais brasileiras de 2018, período em que foram selecionadas 26 publicações de @opovoonline e @diariodonordeste relativas a 13 fatos acerca dos candidatos Bolsonaro e Haddad, a fim de que se possa analisar comparativamente como cada meio de comunicação aborda a mesma notícia. O corpus foi dividido em 4 grupos: Grupo 1, formado por posts que possuem fotografias, manchetes e textos da publicação diferentes; Grupo 2, por posts que possuem fotografias e manchetes diferentes e textos da publicação iguais; Grupo 3, por posts que possuem fotografias diferentes, manchetes iguais e textos da publicação iguais; e Grupo 4, por posts que possuem fotografias e manchetes iguais e textos da publicação iguais. A partir da análise do corpus selecionado, consideramos que essas relações entre imagem e texto dão-se de forma assimétrica, pois a imagem sempre depende da manchete e do texto da publicação para ser melhor compreendida. Concluímos que, nesse tipo de relação, a fotografia acaba exercendo um papel de imagem-nuclear junto com a manchete (CAPLE, 2013) por desempenhar um papel central de estabelecer o engajamento da audiência com o evento reportado, isto é, possui a função de estabelecer uma relação interpessoal com os leitores. Além disso, constatamos que Bolsonaro e Haddad são representados nas imagens de modo que tenham destaque, saliência e proximidade com o leitor, conforme a GDV.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Apesar disso, encontramos também diferenças quanto à construção das imagens de cada um, pois, enquanto Bolsonaro é representado nas imagens expressando vários tipos de sentimentos, Haddad aparece nas imagens com expressões faciais serenas ou menos tensas em relação ao rival. Com base nas análises das publicações de @opovoonline e @diariodonordeste, constatamos que a análise multimodal é um instrumento fundamental para a compreensão da comunicação contemporânea e consideramos que este trabalho esclareceu sobre como os modos semióticos texto e imagem são articulados nos posts de @opovoonline e @diariodonordeste e quais imagens foram construídas acerca de Bolsonaro e Haddad durante a corrida presidencial de 2018.</span></font></div>