Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Damasceno, Marina de Barros Mamede Vidal |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97052
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Resumo: |
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">A dor orofacial é uma entidade clínica altamente prevalente que possui múltiplas causas. Este fato desperta o interesse das indústrias farmacêuticas em descobrir analgésicos capazes de controlar e tratar esta condição. Drogas que atuam no início da via da dor, por exemplo, modulando os canais TRPs (receptores de potencial transitório), responsáveis pela detecção e transdução dos estímulos nocivos, são as mais estudadas atualmente. O efeito antinociceptivo orofacial da frutalina (FTL), administrada pela via intraperitoneal (i.p.), já foi comprovado e, este efeito, parece estar relacionado a uma modulação dos canais TRPs. No entanto, a forma injetável restringe a utilização terapêutica da FTL. O objetivo desse estudo foi desenvolver e avaliar a eficácia antinociceptiva orofacial préclínica de um nanoformulacão oral contendo FTL. Foi desenvolvida uma nanocápsula (NC) pela técnica de gelificação iônica e foram avaliadas a eficiência da encapsulação, o tamanho, o índice de polidispersão e a carga superficial das partículas. A citotoxicidade também foi analisada. A eficácia antinociceptiva da NC foi avaliada, em roedores, nos testes de nocicepão orofacial induzida pela capsacina, nocicepção temporomandibular induzida pela formalina e nocicepção corneal induzida pela salina hipertônica. Grupos de camundongos foram submetidos à transecção do nervo infraorbital (IONX) para indução da nocicepção neuropática, seguida de análise da hipersensibilidade mecânica (von Frey). Para aprofundar o conhecimento sobre o mecanismo de ação antinociceptivo orofacial da FTL, grupos de camundongos foram pré-tratados com o vermelho de rutênio (VR - antagonista TRPV1) ou cânfora (antagonista TRPA1) antes da FTL e foram realizados os testes de nocicepção orofacial induzida por capsacina (agonista TRPV1) ou cinamaldeído (agonista TRPA1), respectivamente. O gânglio trigeminal foi retirado após o teste de nocicepção orofacial induzida pela capsaicina para posterior análise da expressão gênica de Trpv1. Foi realizado docking molecular entre a FTL e os canais TRPV1 e TRPA1. O porcentual de encapsulação foi igual a 52,2 %, os tamanhos das nanocápsulas foram inferiores a 200 nm, a polidispersão foi igual a 0,361 e o potencial zeta foi igual a - 5,87 mV. Estes resultados indicam que as NC desenvolvidas estão dentro dos parâmetros esperados. A NC contendo FTL reduziu o comportamento nociceptivo em todos os modelos realizados, obtendo um resultado mais significativo e mais duradouro em relação à lectina não encapsulada, administrada pela via i.p. O comportamento nociceptivo induzido pela capsaicina foi prevenido pela administração do VR mas não pela cânfora, indicando ação específica no canal TRPV1. No estudo do docking molecular, a FTL interagiu mais fortemente com o canal TRPV1 do que com o canal TRPA1. Além disso, sugere-se que a FTL reduziu a expressão do gene Trpv1. Com 7 bases nesses resultados, a frutalina promove antinocicepção orofacial provavelmente pelo antagonismo do canal TRPV1 e a nanoformulação desenvolvida representa uma forma eficaz de administração desta proteína pela via oral, viabilizando o seu uso para controlar e/ou tratar as dores orofaciais aguda e neuropática. Palavras-chave: Frutalina. Nocicepção orofacial. TRPV1. Via oral. Nanobiotecnologia.</span></div> |